Observamos, através da história, os diferentes “tipos” de corpos, valorizados em cada época, sejam mais, ou menos musculosos, torneados e definidos. Vivemos em um momento onde os corpos sarados da antiga Grécia estão cada vez mais em ascensão. As mulheres já passaram, de torneadas para “bem saradas”, gerando uma mudança em alguns conceitos da cirurgia plástica.
Partindo do preceito que a interpretação do “belo” é subjetivo, pois o que é belo para uns não é para outros. Apesar desta subjetividade há uma tendência de cada vez mais estarmos caminhando para os corpos construídos em academia. Esta mudança de percepção gera mais exigência à estética corporal, a fazer lipoaspiração em áreas bem pequenas (aquela gordurinha daquele cantinho que normalmente temos dificuldade em ver) de implantes mamários menos discretos e, muitas vezes, avantajados, lipoesculturas com enxertos de gordura no bumbum, com aquele pedido especial “o máximo que puder colocar Doutor”. Há 15 anos, a percepção da cirurgia plástica era de melhorar, de diminuir, de tirar o excesso, hoje, o adjetivo “perfeito” se torna um pedido corriqueiro no consultório. Quando temos pacientes que praticam atividade física, cuidam da alimentação, fazem procedimentos estéticos coadjuvantes, acabam por ajudar muito para que o objetivo seja alcançado após a cirurgia.
O principal ponto são algumas orientações quanto ao que se pode esperar em cada caso. Esta é uma das frases mais importantes da cirurgia plástica “cada caso é um caso”. O que mais se observa são pessoas diferentes, com idades diferentes e hábitos diferentes quererem chegar a objetivos iguais. O fator idade, genética, hábitos, como não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, cuidar da alimentação e praticar atividade física regularmente são fundamentais. O grande equivoco é sempre se comparar, pois nesta comparação superficial de olhar duas pessoas diferentes operadas, onde não se leva em consideração os hábitos citados acima, geralmente acaba gerando questionamentos sobre a equiparação de resultados. A mensagem que fica é que corpos bem trabalhados exigem uma dedicação intensa e constante, onde a cirurgia plástica pode ser uma aliada formidável, e se você fizer uma cirurgia, a última coisa que se deve fazer é comparar o seu resultado com outro, pois, com certeza, teve o melhor resultado que seu corpo permitiu naquele momento. Esclareça sempre tudo com seu cirurgião plástico, tire suas dúvidas e faça um pós-operatório bem feito, com o repouso adequado para poder voltar com dedicação total quando liberado.
Matéria por
Eduardo Sauter
Cirurgia Plástica CRM/MT 4649 | RQE: 3436 | Cuiabá