Frequentemente nos deparamos com pacientes muito preocupadas e reticentes com qualquer cirurgia que estão programando fazer. Hoje com as ferramentas de pesquisa à nossa disposição, em um “clique”, surgem inúmeras informações a respeito de cada procedimento que será realizado. Infelizmente, como é uma “tendência midiática” falar de problemas e complicações, geralmente uma pesquisa simples sobre uma cirurgia já vem acompanhada de várias complicações maiores ou menores, com direito a imagens que, às vezes, chocam. O cirurgião plástico tem por boa prática, explicar as vantagens e desvantagens de cada procedimento, com as inúmeras técnicas e o que o paciente pode esperar em relação às características corporais de cada um. Não é incomum uma paciente colocar um implante mamário de 330 mls e achar grande, ou colocar 450 mls e achar pequeno, isso varia muito do formato do corpo e da quantidade de glândula que cada paciente tem. Vale dizer que, no caso dos implantes mamários, é mais comum o paciente se arrepender por ter colocado menos do que mais. Outro aspecto importante do caminho considerado “certo” para se realizar uma cirurgia plástica, além claro, do bom senso de que cada corpo tem suas características genéticas, idade e comportamentais, onde cada um irá vislumbrar objetivos alcançados diferentes.
Vale salientar o bom e velho bom senso, que é um consenso entre a maioria dos Cirurgiões que prezam uma boa prática, que são os seguintes passos básicos:
1. Não faça cirurgias demais em um só procedimento. O paciente demora 20, 30, 40, 50 anos sofrendo a ação do tempo e do envelhecimento e quer que o Cirurgião Plástico, como num passe de mágica resolva tudo de uma vez só. Além de não ser possível, vários procedimentos complementares podem ser necessários, também é mais arriscado, com mais chances de complicações sérias e não vale a pena;
2. Opere com um cirurgião que tenha boas indicações, que opere em um local adequado, de preferência um hospital bem equipado;
3. Faça sempre os exames pré – operatórios, com avaliação cardiológica e pré-anestésica. Não se submeta à cirurgia se você não estiver bem de saúde e com seus exames bem controlados;
4. Todas as cirurgias envolvem riscos, e quando fazemos tudo certo, minimizamos muito qualquer risco de complicações. Opere com um membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Cada vez mais vemos a invasão da especialidade por médicos sem título de especialista na área. Este título é o único que garante que seu médico teve o treinamento necessário e foi aprovado por uma comissão e fez várias provas para tal;
5. Última dica é: Tenha uma atitude positiva frente ao pós-operatório, a ansiedade por observar uma mudança rápida no corpo junto a uma atitude negativa, vai fazer você passar pelo famoso sofrimento desnecessário. Confie em seu cirurgião, siga as orientações dele e aguarde a melhora paulatina dos edemas e incômodos de qualquer pós–operatório. Deus abençoe!
Matéria por
Eduardo Sauter
Cirurgia Plástica CRM/MT 4649 | RQE: 3436 | Cuiabá