“Meus cabelos estão caindo muito, até parece que vou ficar careca, o que pode ser?” Existem várias causas de queda de cabelo, de acordo com a Dra. Lorena Dourado Alves, dermatologista com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e com Formação em Tricologia (ciência que estuda o cabelo) pela Faculdade de Medicina do ABC e pela USP, algumas delas podem ser pioradas ou desencadeadas por fatores estressantes. E como não falar de estresse nessa fase que estamos vivendo, com tantas dúvidas, medos e incertezas.
Uma das causas mais comuns de queda de cabelo associada ao estresse é o Eflúvio Telógeno. “Nesse tipo de queda os cabelos geralmente começam a cair 2 a 3 meses após um fator desencadeante e a queda pode durar, em média, até seis meses. As causas mais comuns que desencadeiam esse tipo de queda são: significativa e rápida perda de peso, pós-parto, efeito colateral de medicações, doenças específicas ou não do couro cabeludo, além dos fatores estressantes relevantes” explica a Dra. Lorena.
Embora seja algo que preocupe e incomode muito as pessoas afetadas, por ter como característica a intensa queda de cabelo, estas devem ficar sossegadas já que a queda geralmente cessa com reposição total dos cabelos. “O importante é eliminar as causas agravantes como anemias, estresse, infecções ou qualquer outro motivo que leve a uma piora na queda de cabelo”, ressalta a Dra. Lorena Dourado.
Há alguns casos em que pode haver uma piora do quadro no pós-eflúvio em pessoas portadoras de Alopécia Androgenética. Esta, também conhecida como Calvície, é uma doença de padrão hereditário em que os cabelos ficam progressivamente mais finos, depois começam a cair e param de nascer naquele local. Surge geralmente após a puberdade por ação hormonal e possui uma variedade de formas clínicas. “Comparada com as não portadoras, elas podem perder mais fios de cabelos, além de sofrer uma reposição incompleta dos pelos”, declara. O eflúvio pode também ser um fator desencadeante do início das manifestações da calvície em pessoas com esta tendência. Nos dois casos, destaca a dermatologista, este é o período ideal para iniciar ou intensificar o tratamento.
Para seu diagnóstico podemos lançar mão, além do exame físico feito por um dermatologista, de exames complementares, tais como o tricograma, no qual avaliamos as raízes dos cabelos, e que determina a porcentagem de fios em processo de queda e de fios afinados, a dermatoscopia, manual ou digital, esta utilizando o programa TrichoScale® que, de acordo com a Dra. Lorena, “Faz uma contagem computadorizada dos tipos de fios presentes em determinada área do couro cabeludo e que não substitui, mas complementa o tricograma” e em alguns casos, a biópsia. Também são feitos exames laboratoriais que excluem ou evidenciam deficiências vitamínicas, anemias e outras doenças que podem causar a queda de cabelo.
De toda forma, o ideal é procurar um dermatologista com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para que ele faça uma avaliação clínica e inicie o tratamento adequado para cada caso. “O mais importante é procurar seu dermatologista se você perceber que seus cabelos estão caindo ou passando por alterações de volume ou afinamento, para que ele faça sua avaliação e inicie, se necessário, seu tratamento de maneira precoce. E lembre-se que o estresse pode desencadear ou piorar a queda de cabelo, então devemos tentar nos manter seguros, saudáveis e protegidos tentando evitar o pânico e os picos de estresse.”, conclui a Dra. Lorena Dourado.
Matéria por
Lorena Dourado
Dermatologia CRM/GO: 11663 e RQE: 7207 | Goiânia