A obesidade é um problema de saúde pública mundial. No Brasil, as estimativas quanto ao número de obesos não se contrapõem ao restante do mundo e crescem de forma alarmante.
Apesar de não ser algo novo, ainda existe muita falta de informação sobre essa doença.
O que é obesidade?
É o acúmulo excessivo de gordura corporal. Para evidenciar quando uma pessoa está obesa, temos o Índice de Massa Corpórea (IMC) e o exame de Bioimpedância.
O exame de Bioimpedância é realizado através de uma balança específica, capaz de quantificar diversos aspectos da composição corporal, medindo através de uma leve corrente elétrica a quantidade de água, gordura e massa magra do organismo.
O IMC é uma tabela de referência internacional criada para mensurar se uma pessoa tem sobrepeso ou se está obesa. A partir da divisão do peso pela altura elevada ao quadrado, é obtido o IMC do indivíduo, que se enquadra em uma das faixas de referência abaixo:
Menos que 18,5, está abaixo do peso;
Entre 18,5 e 24,9, o peso é normal;
Se entre 25 e 29,9, há um sobrepeso;
Entre 30 e 34,9, está com obesidade grau 1;
Entre 35 e 39,9, é o grau 2;
Mais do que 40, é o grau 3.
Quais são os sintomas?
A doença não provoca sintomas, de forma direta, no paciente. O que ocorre é o aparecimento de transtornos em função do excesso de peso.
O paciente está mais suscetível ao contágio por fungos e bactérias e pode sofrer artrose em função da sobrecarga de peso. Porém, essa patologia é considerada grave em razão da predisposição que o mesmo passa a ter para outros problemas graves, como por exemplo, hipertensão, dislipidemia, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, apneia do sono, infertilidade, hoje sabemos que se encontram no grupo de risco para a COVID - 19 e até mesmo câncer.
Quais são as causas da obesidade?
Os principais agentes são: Fatores genéticos, psicológicos e o estilo de vida.
Geralmente, pessoas que não desenvolvem bons hábitos possuem uma saúde mais fragilizada. No caso dos pacientes obesos, a má alimentação e a compulsão pela ingestão de alimentos mais calóricos. A alimentação excessiva associada ao sedentarismo provoca o acúmulo de gordura.
A genética do paciente também pode ser a responsável pelo desenvolvimento da doença, assim como os fatores psicológicos.
Como é o seu tratamento?
A obesidade deve ser reconhecida como uma enfermidade e tratada como tal. O paciente deve compreender que a perda de peso é muito mais que uma medida cosmética e visa à redução da morbidade e mortalidade associadas à obesidade.
Perdas de 5 a 10% do peso corpóreo inicial são associadas a reduções significativas de pressão arterial e glicemia.
Independente da maneira a ser conduzido (dietético, medicamentoso ou cirúrgico), o tratamento da obesidade exige identificação e mudança de componentes inadequados de estilo de vida do indivíduo incluindo mudanças na alimentação e prática de atividade física. Portanto, é necessário que passe por uma avaliação médica para determinar qual a melhor forma de tratar, pois, casa caso possui uma indicação específica.
Matéria por
Heloise Medeiros
Médica CRM/GO 14810 | Goiânia