Temos a tendência de considerar desnutrida, a pessoa com a silhueta magra. Porém, a desnutrição vai muito além do que nossos olhos veem. É frequente que, pessoas dentro da faixa de peso ou acima dela, estejam na verdade, DESNUTRIDAS.
Nosso padrão alimentar tem mudado, seja por conveniência, ansiedade ou falta de tempo passamos a consumir alimentos com muitas calorias e baixa qualidade nutricional que ocasionam a desnutrição.
Fatores culturais também influenciam muito o consumo de alimentos. Isso porque algumas culturas ou religiões podem proibir o consumo de determinados alimentos, ou a dieta contém poucas calorias.
Suas causas podem ser devido a uma má alimentação, problemas de saúde e até mesmo ingestão de medicamentos que desregulam o organismo.
Para diagnóstico, o IMC (índice de massa corporal) é um índice levado em consideração como um dos indicativos, porém, não pode ser o único. Isso porque o IMC não tem condições de avaliar a composição do peso de cada pessoa, ou seja, não distingue o que é chamado pelos especialistas de massa magra (ossos, músculos, água e vísceras), medição esta feita através da bioimpedância que consegue fazer uma análise do funcionamento do organismo.
Os sintomas mais comuns em adultos são:
• Perda de peso considerável em um curto prazo de tempo;
• Demora um longo tempo para se recuperar de infecções;
• Demora na cicatrização de feridas;
• Irritabilidade;
• Falta de concentração;
• Dificuldades para se manter aquecido;
• Diarreia persistente;
• Depressão.
Em crianças os sintomas podem incluir:
• Incapacidade de crescer dentro da taxa esperada;
• Mudanças de comportamento, como sentir irritação, ansiedade ou letargia;
• Mudanças na cor dos cabelos e cor da pele.
Uma dieta equilibrada e saudável é a maior arma na prevenção da desnutrição. Ter uma alimentação rica em frutas, verduras e cereais integrais, bem como proteínas magras, ajuda no combate à desnutrição. Alimentos e bebidas ricos em gordura ou açúcar não são essenciais para a maioria das pessoas e só devem ser consumidos em pequenas quantidades.
Se você possui alguma condição que aumente o risco de desnutrição, busque tratamento!
Matéria por
Heloise Medeiros
Médica CRM/GO 14810 | Goiânia