O papel da mulher nos conflitos sexuais do casal
Oito em cada dez brasileiros (homens e mulheres) que apresentam problemas de ordem sexual referem que estas aflições repercutem negativamente no trabalho, no convívio com os filhos, nas relações sociais e até no lazer. Sem contar ,logicamente, o desgaste do relacionamento do casal como um todo. A partir do momento em que o pênis não responde da maneira como se deseja, ou seja, não tem a mesma firmeza ou rigidez de tempos atrás, ou uma ejaculação descontrolada, uma série de mudanças vai ocorrer na vida do casal.
O homem com perturbações sexuais demonstra insegurança, fica com medo de procurar a parceira, se sente culpado pela circunstância e pela insatisfação da mulher. A disfunção erétil ou a ejaculação precoce podem, muitas vezes, ser facilmente interpretadas de forma injusta pela parceira. Pelo desempenho fraco na cama surgem as desconfianças de que ele possa estar tendo algum caso amoroso fora do casamento e que ela está em risco iminente de ser abandonada e trocada por outra.
Como em todo conflito na esfera sexual, esta perda de comunicação do casal poderá até mesmo ser responsável por graves desentendimentos, chegando à separação definitiva. A melhor saída é não pensar que tudo se resolve com o tempo e partir logo em busca de soluções definitivas, evitando o agravamento do quadro, pela fragilidade emocional que se instala dia a dia no relacionamento.
O incentivo da parceiraA mulher tem papel fundamental para reverter essa situação. Neste ponto são necessários compreensão e um diálogo franco, para incentivar o companheiro a procurar ajuda. Quando o paciente procura um profissional, devido a uma condição adversa qualquer, ele espera que haja interesse no seu caso, que procurem saber as causas que o levaram até este ponto e que forneçam um tratamento adequado para as suas condições. Com a saúde sexual isto também tem de ocorrer.
A grande ironia é que a maior barreira para resolver a questão é justamente a resistência em aceitá-la. Toda disfunção sexual deve ser vista como uma desordem de saúde como outra qualquer e que as causas devem ser pesquisadas e encontradas. A partir do momento em passamos a conhecer a origem da desavença, seja ela de origem psicológica ou física, o tratamento fica muito mais simples para o médico e também para o paciente, que passa a entender melhor sua condição sexual. Não existe fórmula mágica, pois todo o tratamento deve ter uma razão, um porquê, uma previsão de tempo e a necessidade de possíveis ajustes em caso de eventuais falhas.
A mulher atualmente já está muito mais exigente na relação sexual, em busca de seu direito de ter prazer com um homem interessado e disposto a alcançar um bom desempenho sexual.
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Marcio De Carvalho
Urologia CRM/PR: 12020 | RQE 6499 | Maringá