O desinteresse sexual, apesar de ser mais comum entre as mulheres, também atinge a ala masculina.
As razões são muitas e bem variadas. Além das mudanças que o corpo sofre ao longo do tempo, o interesse pelo sexo também depende de um conjunto de fatores como, por exemplo, a saúde e o bem-estar físico, os relacionamentos interpessoais e o bom funcionamento da mente. Quando algum desses fatores vai mal, o rendimento na cama pode ser afetado. A dificuldade em administrar as bases físicas, sociais e psicológicas produz e mantém essa queda do desejo. Isto significa que, mesmo que todos nós tenhamos problemas, o mais importante é pensar em como solucioná-los.
AFRODISÍACOS
O humor já não é mais o mesmo, os carinhos já não fazem mais parte da rotina do casal, e na cama então, nem se fala. Ovo de codorna, catuaba, guaraná, amendoim, chocolate, vale tudo para tentar recuperar o prazer no sexo. Porém, apesar de bastante antiga, a crença popular ainda não conseguiu provar sua eficiência. A busca de algo externo que seja responsável pelo apetite sexual é muito comum em nossa cultura. E embora a procura seja tão antiga, ainda não encontraram nada similar que realmente produzisse algum tipo de interesse pelo sexo. O desejo sexual exige que a pessoa se desenvolva em direção às atividades sexuais. Exige ação, exige que se tenha a intenção de mudar.
HORMÔNIOS
Na esfera biológica, podem ocorrer alterações hormonais, conhecidas como distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM). O hormônio em questão é a testosterona, responsável pelas características físicas masculinas além de ajudar a manter a massa muscular e impulsionar o desejo sexual. Mais de 90% da produção do hormônio testosterona ocorre nos testículos. O problema surge quando alguns homens deixam de produzir este hormônio em quantidades adequadas. Além da queda do desejo sexual vem junto a diminuição da qualidade das ereções, principalmente aquelas que ocorrem durante a noite e pela manhã ao acordar, diminuições do volume e da força do esperma, sensações súbitas de calor e suor (fogachos), alterações do humor, do sono (dificuldade para dormir), irritabilidade, agressividade, fadiga, depressão, diminuição da atividade intelectual com perdas de memória e diminuição da força muscular. Quando existe suspeita clínica e os exames comprovam a deficiência hormonal o tratamento de reposição trará inúmeros benefícios.
OUTRAS CAUSAS
Por outro lado, remédios que neutralizem a resposta sexual, como certos antidepressivos e anti-hipertensivos (remédios para controlar a pressão arterial), sedentarismo, obesidade ou alguma doença que repercuta no funcionamento da resposta sexual, também podem prejudicar o desejo sexual. O tédio e a rotina, medos ou vergonhas, a pressão pelo aspecto físico, o estresse, qualquer destas situações da mesma forma irá interferir, pois afeta negativamente a imagem que temos de nós e a percepção pessoal e compartilhada da nossa satisfação sexual.
APOIO DA PARCEIRA
Quando uma pessoa não se encontra bem física ou psicologicamente, uma das primeiras áreas afetadas é sua sexualidade. O desejo está ligado ao prazer, e qualquer interferência da nossa mente pode causar uma falta de desejo. O próximo passo será dialogar com a parceira sobre o que ambos pretendem, aquilo que desejam do futuro. Assim, este homem terá apoio para buscar ajuda profissional correta e resolver seus problemas. O ato sexual precisa de frequência: quanto mais sexo se pratica, mais sexo se quer.
Matéria por
Marcio De Carvalho
Urologia CRM/PR: 12020 | RQE 6499 | Maringá