Erisipela

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sexta-feira, 8 de maio de 2020
Cirurgia Vascular

Erisipela

O que é?

A erisipela é uma doença inflamatória que atinge a pele e o panículo adiposo logo abaixo dela (tecido celular subcutâneo) com grande envolvimento dos vasos linfáticos. Acomete, predominantemente, as pernas de pacientes da terceira idade, cuja circulação venosa e linfática estão debilitadas. Porém, pode atingir pessoas de qualquer idade e outras regiões do corpo.

Habitualmente, a erisipela está relacionada a uma “porta de entrada”, como úlcera venosa crônica, “micose” nos pés, picada de insetos, ferimento cutâneo traumático e manipulação inadequada das unhas. Por meio desta porta de entrada, bactérias penetram na pele, atingem suas camadas e se espalham facilmente pelos canais linfáticos. A principal bactéria envolvida é o Estreptococo beta-hemolítico do grupo A, porém, outras bactérias também podem estar envolvidas. Pessoas com baixa condição imunológica, obesas e com má circulação são as mais suscetíveis.

Sintomas

Muitas vezes, o quadro tem início súbito com mal-estar geral, fadiga, febre e calafrios, antes mesmo do surgimento de sinais na pele infectada. Em seguida, instalam-se achados locais, como vermelhidão, dor, inchaço e aumento da temperatura. O aparecimento de um linfonodo aumento na virilha (popular íngua) é comum. Em casos mais graves podem surgir formação de bolhas, escurecimento da pele e até quadros de septicemia, ou seja, infecção generalizada com risco de morte.

Tratamento

O tratamento deve ser instituído o mais breve possível, tendo como base o uso de antibióticos, repouso, elevação do membro afetado e tratar o fator desencadeante. O antibiótico mais usado é a penicilina, mas outros antibióticos podem ser administrados, na dependência do perfil de resistência bacteriana e da severidade do caso. Algumas vezes é necessário intervenção cirúrgica, removendo e drenando grandes áreas necróticas (pele morta) e com pus.

Prevenção

As melhores medidas preventivas consistem em: medidas de limpeza local; evitar as “portas de entrada”; atitudes que reduzam a insuficiência linfática e venosa (atividade física); ter um melhor controle do diabetes. Em pacientes com erisipela de repetição pode ser necessário aplicar penicilina benzatina intramuscular a cada 21 dias.