Com certeza é um grande desafio, mas é possível de ser vencido. Final de ano é sinônimo de muitas festas, mesas fartas, comidas diferentes, geralmente com excesso de açúcar e gordura.
Nestas circunstâncias muitos pais me perguntam: “O que devo fazer, vou ou não às confraternizações? O que faço com tantas festas? A minha resposta é: converse primeiramente com seu filho antes de sair de casa. Explique que irão a um local com muitas comidas diferentes, que ele pode comer mas sem exagerar, pois caso contrário poderá passar mal. Se na festa observar que há muita variedade de comida, faça o prato ou se sirva junto com seu filho, pedindo para que ele realize escolhas, pois não poderá comer de tudo, visto que será um exagero. Se mesmo assim, não for possível ter o controle que os pais gostariam, nem tudo está perdido.
Na vida, tudo é questão de equilíbrio! Portanto se no final de semana ou em uma confraternização qualquer a criança exceder o que deveria comer, temos que compensar nos dias subsequentes. Deste modo, o ideal seria uma refeição mais leve, em menor quantidade nos dias seguintes, para assim equilibrar o ganho calórico.
Se a criança é muito pequena, os pais precisam ficar mais atentos! Sozinhas geralmente não conseguirão resistir às tentações especialmente aos doces. Mesmo assim não deixe de dialogar! Se elas crescerem sabendo se controlar, tendo limites nas quantidades, ficará mais fácil na adolescência. Às vezes achamos que não estão entendendo, mas compreendem tudo, só não querem seguir.
Nas crianças maiores, é importante explicar que o exagero poderá trazer consequências, tais como: ficar gordinho, acarretar doenças no coração, diabetes entre outras. Essa compreensão ajuda a seguir as recomendações.
Outra orientação essencial para evitar o ganho de peso no final de ano é se exercitar mais. Com o horário de verão os dias estão mais longos, portanto é possível fazer uma caminhada, andar de bicicleta e brincar mais com a criançada que estará de férias! Se for possível manter outras atividades programaras como futebol, danças, natação seria bom, senão promovam momentos de brincadeiras ao ar livre, em praças e parques.
Claro que todas essas dicas, quando reforçadas por um médico tem um significado diferente para a criança. Quantas vezes escuto: “Doutora, eu falava isso para ele, mas depois da consulta parece que foi diferente e ele começou a seguir”. Por esse e outros motivos, manter o acompanhamento médico é importante. Nessas consultas é possível fazer prevenção ou mesmo intervenção quando o quadro de sobrepeso/obesidade já está instalado.
Em resumo, buscar o equilíbrio entre o que a criança come e gasta é fundamental! Se ocorrer exagero em um dia, compense nos outros! Por fim, sempre dialogue com as crianças para que entendam os motivos pelos quais devem se controlar. Assim, teremos um 2018 mais saudável!
Matéria por
Adriana Beletato Dos Santos Balancieri
Endocrinologia e Metabologia CRM/PR 25240 | RQE 578 | Maringá