Queremos dar o melhor para os nossos filhos! Os melhores brinquedos, as melhores roupas, a melhor educação e uma infinidades de atividades extras, como: natação, dança, música e inglês. Sem falar da postura, queremos ser os melhores pais, mais bonzinhos, cuidadores e protetores, entendendo que isso ajuda a preparar os pequenos para a vida.
Podemos dar o melhor para nossos filhos, mas, o melhor não é a quantidade de bens materiais, mas sim, a qualidade da relação que temos com os filhos. Além disso, devemos respeitar a infância e as atividades mais importantes desta fase, como, por exemplo, o brincar a realização de pequenas tarefas do cotidiano, que promoverão o desenvolvimento de sua autonomia, segurança e organização.
Temos visto, muitas crianças com funções distorcidas na infância, não sabem brincar de faz de conta, pois não precisam, os papéis são representados por brinquedos que funcionam de verdade, sem oferecer a oportunidades para que elas sejam protagonistas na brincadeira. A exposição exagerada de brinquedos e instrumentos digitais não promove seu desenvolvimento, e sim dificulta, pois comprometem o equilíbrio emocional e organizacional, forçando-as a assumir papéis que não condizem com a realidade infantil. Condutas como estas, causam grandes prejuízos na formação da criança, como: problemas comportamentais na relação com outras crianças e de acesso à significação afetiva e cultural daquilo que propõe o processo de sua formação.
A melhor maneira de proteger a infância das crianças e promover um desenvolvimento saudável é não sobrecarregá-las com atividades extracurriculares; deixando tempo livre para brincar, de preferência com outras crianças, ou com jogos que estimulem a criatividade; sendo importante passar um tempo de qualidade com elas; garantir tempo suficiente de sono e descanso; reduzir a quantidade de informações, certificando-se de que esta seja sempre compreensível e adequada à sua idade, o que envolve um uso mais racional da tecnologia. Simplifique o ambiente, apostando em menos brinquedos e certificando-se de que estes realmente estimulem a fantasia da criança, deixe que elas sejam simplesmente crianças. Devem os pais acolherem e protegerem, somente o suficiente, sabendo a necessidade de se relacionarem-se com seus filhos e formá-los em um ambiente harmonioso.
As crianças têm uma vida inteira pela frente até se tornarem adultos, por isso, a importância de permitir que elas vivam plenamente essa fase. Assim, se tornarão adultos saudáveis psicologicamente e conscientes do valor da infância para as próximas gerações.
Matéria por
Marli Cabrera Soares
Psicopedagoga ABPp 13280 | Campo Mourão