A osteoporose é uma doença que acomete os ossos do corpo humano. Na osteoporose ocorre, perda de massa óssea, tornando os ossos fracos e suscetíveis à fratura.
Breve Histórico da Osteoporose:
Diversas pesquisas indicam que a doença acompanha o ser humano há milênios. A expressão Osteoporose foi criada, em 1830, por um patologista francês JEAN LOBSTEIN. A doença foi relegada a segundo plano por muitas décadas e não tinha um tratamento adequado e nenhuma forma de avaliação correta. Com as descobertas radiológicas ocorridas no final do século XIX (1895), através do Raio-x, foi possível verificar que havia ossos menos calcificados (Osteopênicos). As radiografias da coluna vertebral, na época, permitiam a visualização de fraturas osteoporóticas. A partir de 1980, se abriu o caminho para o diagnóstico com maior precocidade da doença, com a introdução do Densitômetro, que mede a densidade óssea. Recentemente em estudo, a TCPQ (Tomografia Computadorizada Quantitativa Periférica), que faz um diagnóstico ainda mais precoce.
Saúde Óssea:
Os ossos vivem em permanente atividade e renovação. A partir da 3ª década, ocorre perda natural e fisiológica da massa óssea e descalcificação (desmineralização). Ocorre um desiquilíbrio entre os OSTEOCLASTOS (destroem) e OSTEOBLASTOS (constroem) com predomínio do desgaste ósseo. Com o desequilíbrio, podemos ter o início da OSTEOPENIA (perda de massa óssea) e a OSTEOPOROSE (desmineralização óssea, fraturas, perda da qualidade de vida e aumento do risco de mortalidade). A instalação da doença é silenciosa e um dos primeiros sinais é a fratura espontânea de osso poroso e muito fraco.
Quais as fatores de risco?
A osteoporose é uma enfermidade multifatorial. Os fatores de risco mais comuns são:
• Idade avançada;
• Baixo pico de massa óssea;
• Sexo feminino;
• Fratura prévia ou histórico familiar de osteoporose;
• Menopausa precoce não tratada;
• Alcoolismo;
• Tabagismo;
• Dieta pobre em cálcio;
• Corticoterapia por tempo prolongado;
• Algumas enfermidades reumáticas (Artrite Reumatoide, Artroses) e endócrinas (Hipertireoidismo).
Tipos de Osteoporose:
Podem ser classificadas, de uma maneira geral, em três tipos:
1. Pós-menopausa, que atinge as mulheres após a menopausa;
2. Senil, em pessoas acima de 70 anos;
3. Secundária, que ocorre em pacientes que fazem uso prolongado de corticoides e em pessoas portadoras de doenças endócrinas e reumáticas.
Diagnósticos:
Óssea. O exame de RX pode ser útil em muitos casos. Prevenção e Tratamento: como prevenir, mudanças no estilo de vida são a maneira mais eficiente de prevenir a osteoporose.
Algumas dicas importantes:
• Exposição ao sol regularmente, em especial pelo menos 30 minutos;
• Consumo adequado de cálcio (1000 a 1200 mg/ao dia) e Vitamina D;
• Evitar o tabagismo;
• Praticar atividades físicas compatíveis e prazerosas, de acordo com os limites de
cada um;
• Reduzir o consumo de sal e cafeína;
• Evitar atividades que possam ser um risco para quedas.
Tratamento:
Deve ser indicado por um médico que domine o assunto, geralmente Reumatologista, Ortopedista, Endocrinologista, Geriatra e o Clínico; Basicamente, é feito com suplementação nutricional e base de Cálcio, Vitamina D, vitamina K e Magnésio.
Suplementação na Prática
O perfil, o tipo de Osteoporose e a idade do paciente devem ser levados em conta; A escolha do tipo de Cálcio, as doses de Vitamina D, Vitamina K e Magnésio devem ser cuidadosamente elaboradas; O excesso de algum desses suplementos, podem levar a efeitos indesejáveis, em especial, o uso em doses elevadas de Vitamina D.
Tratamento Medicamentoso:
Extremamente úteis e importantes para uma efetiva recuperação da massa óssea, sendo os Bifosfonatos os mais utilizados; A terapia de reposição hormonal é importante quando tem uma boa indicação. Recentemente, temos as drogas biológicas, que representam uma das novidades no assunto.
Impacto social:
Com o aumento da expectativa de vida das pessoas, que têm uma média de vida prevista de 75 anos nos dias de hoje, a Osteoporose tem que ser muito bem dimensionada; Estima-se que, em 2020, o número de fraturas somente do quadril, causadas pela doença atingirá a marca de 140 mil casos, com certeza, causando grande impacto na qualidade de vida das pessoas.
Matéria por
CARLOS EDUARDO CURY
Reumatologia CRM/SP 158.889 | RQE 6402 | Bauru