O indivíduo obsessivo está envolvido em conflito entre obediência e desafio. É como se perguntase constantemente a si próprio. “Devo ser bom ou posso seu mau”. Isto produz constante alternância entre os sentimentos de medo de ser apanhado na sua desobediência, ou seja punido, raiva de renuncia a seus desejos e submeter-se à autoridade.
O medo originado do desafio, leva à obediência, enquanto a cólera, derivado do desafio, deve a obediência, conduz volta a esse desafio.
Desse conflito origina-se obediência e desafio, ou se perderá a proporção e aspectos como terminar uma frase ou permitir uma interrupção, tornar- -se um problema de aniquilar-se ou ser aniquilado, as defesas obsessivas são extremas.
O obsessivo olha seu relógio ao invés de olhar seus sentimentos para ver o que fará em seguida. Desse modo a motivação da conduta é exteriorizada.
A tendência obsessiva é: utilizar o dinheiro e o status em lugar o amor, com base para a sua segurança emocional. O dinheiro vem representar sua fonte de autoestima e é tratado como sigilo e o privilégio que outros reservam para os detalhes íntimos de relações amorosas. Isto é mais esperado, por quanto as relações amorosas podem ser por ele discutidas com aparente falta de ansiedades ou emoções.
A etiqueta social tem por objetivo evitar ferir ou ofender os demais, ou seja obsessivo tem por objetivo controlar seus impulsos desordenadamente hostis, e altamente competitivo.
Defesas derivadas do conflito
O obsessivo serve-se do intelecto para evitar suas emoções; pensa mais do que sente...
As palavras e a linguagem instrumentos do pensamento são também empregados de modo especial pelo obsessivo. Este utiliza de maneira a não se comunicar.
É fácil compreender a evitação de afetos tão dolorosos quanto ao medo e a cólera, o obsessivo porem está mais ansioso para evitar a afeição, a cordialidade e amor. Sua sustentação de força e orgulho está ligado a sempre presente cólera hostil.
O obsessivo tem propensão a disfarçar sentimentos afetuosos, consequentemente sofre de solidão, estado social, e reduzida capacidade para o prazer, paga alto preço ao evitar o medo e cólera. Possui interna vida interior secreta, que tem medo de compartilhar com quem quer que seja, o obsessivo reage habitualmente, evitando a almejada gratificação da dependência, por essa razão sente-se com frequência deprimido.
Sofre também de exagerados sentimentos de dependência e impotência.
Ao separar-se o obsessivo de seu companheiro onipotente, sente-se oprimido por sentimentos de impotência, inadequação e dependência. O cientista inseguro fora de seu laboratório é um exemplo.
Incapaz de sentir amor, afeição, obsessivo substitui por respeito e segurança com frequência, o obsessivo tenta estabelecer sua grandiosidade aparentando ser especialista em motivos a respeito das quais conhece realmente muito pouco. É típico do obsessivo em sua grandiosidade compensadora, recusar delegação de poder. Seu sentimento é de fazer qualquer coisa melhor, que qualquer outro e detesta admitir que necessita de outrem.
Compreender para poder compreender-se
Matéria por
JORGE ASSIS KERSTING
Psicanálise C.PN: 5703015.67 | Chapecó