Segundo dados do Hospital Israelita A. Einstein, aproximadamente 2 milhões de pessoas por ano sofrem com Disfunção Temporomandibular (DTM). A maioria delas são mulheres, na terceira e quarta década de vida, que podem sentir dores tão intensas a ponto de prejudicar suas atividades diárias, concentração, relacionamentos familiares, rendimento no trabalho, na qualidade do sono, entre outros. É preciso estar alerta sobre essa condição, por essa razão conheça os principais sintomas das disfunções temporomandibulares, suas consequências e as possibilidades de controle. A Academia Americana de Dor Orofacial define Disfunção Temporomandibular (DTM), como um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular - que liga a mandíbula ao crânio e estruturas associadas.
O principal sintoma relatado pelos pacientes com DTM é a presença de dor, geralmente localizada na face, ATM e/ou músculos mastigatórios, além de dores na cabeça e na orelha. Outros sintomas relatados são as manifestações otológicas, como zumbido, plenitude auricular e vertigem. Além disso, muitos pacientes com esse tipo de alteração podem queixar- se da presença de barulhos articulares ao movimentar a mandíbula, o que pode trazer constrangimentos em algumas situações, assim como a dificuldade ao abrir ou fechar a boca, irregularidade nos movimentos mandibulares, entre outros. A presença da dor constitui uma importante razão para procura de atendimento, afinal, quando não tratada, a dor pode tornar-se crônica e dificultar o tratamento e o prognóstico.
Em geral, a dor deve ser vista como um sinal de alerta em que se torna necessário avaliar quais causas estão ligadas a ela para evitar sua cronificação. Quando a dor torna-se crônica, ela já passa a ser considerada a própria doença e o indivíduo pode apresentar problemas mais sérios, como dificuldades alimentares, depressão, distúrbios do sono, comprometimento cognitivo e outros efeitos deletérios em longo prazo. Nesse contexto, ao perceber os sinais e sintomas de disfunção temporomandibular, o ideal é procurar um profissional capacitado para o diagnóstico e tratamento dessa condição. No Brasil, desde 2002, foi criada a especialidade odontológica “Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial” que proporcionou grandes avanços de conhecimentos na área. A boa notícia é que, é possível controlar as DTMs com modalidades de tratamento eficazes, conservadoras e de forma relativamente rápida e de baixo custo, sem a necessidade de intervenções extensas, como cirurgias, reabilitações orais e tratamento ortodôntico.
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NAILA APARECIDA DE GODOI MACHADO
Odontologia CRO/MG 35495 | Uberlândia