A prevalência da dislipidemia (colesterol alto) e doença coronariana nas ultimas décadas especialmente nos países em desenvolvimento como o Brasil estima-se em torno de 38% dos homens e 42% das mulheres, tem apresentado o colesterol total 200 mg/dl.
Existe clara relação entre os níveis plasmáticos do colesterol LDL (colesterol ruim) com doença arterial coronariana como: angina de peito e infarto do miocárdio com aumento exponencial na mortalidade cardiovascular.
O aumento dos níveis do colesterol geralmente como sintomas pode ser silencioso, porém podendo levar a problemas cardíacos e cerebro vascular, agudo ou crônico. Para que possamos reconhecer os fatores agravantes de riscos temos como exemplos: antecedente familiar de doença coronariana precoce (parente de 1º grau), sedentarismo, uma alimentação pouco saudável, com a ingestão farta e frequente de gordura animal e do tipo trans, presente em margarinas, biscoitos, salgadinhos, gordura da carne vermelha, fast food e diversos outros produtos industrializados. No entanto, algumas doenças também causam níveis elevados de colesterol, a exemplo do hipotireoidismo, da insuficiência renal e alterações hepáticas.
Para diagnosticar o aumento dos lípides podemos solicitar exames laboratoriais como lipidograma completo, alguns marcadores como proteína C reativa ultrassensível, métodos de imagem como: Doppler de carótidas e vertebrais demonstrando espessamento médio intimal, com placas de diferentes composições para acompanhamento e prognóstico do paciente.
O acompanhamento dos níveis de colesterol também é recomendado desde a infância, devendo ser feito mais cedo quando houver risco genético de males cardiovasculares na família.
Todos os pacientes após apresentar seus níveis lipídicos alterados devem ser orientados a mudança do estilo de vida como reorientação alimentar, prática regular de atividade física aeróbica e medicamentos recomendados pelo seu médico como estatinas de última geração, que agem diretamente no fígado, o órgão que produz o colesterol, inibindo a ação de uma enzima essencial para a formação do LDL. É de extrema importância a ingestão de fibras na alimentação, pois aceleram o transito intestinal e diminuem a absorção de colesterol. Os antioxidantes (flavonoides) encontrados nas verduras, frutas e bebidas derivadas da uva, reduzem a aterogenicidade do LDL (colesterol ruim). Para uma melhor avaliação dos índices do seu colesterol procure um cardiologista para uma consulta.
Matéria por
Lanier Tadeu Garcia de Paula Júnior
Médico CRM/PR 35080 | Arapongas
Fabricio Bussadori
Cardiologia CRM/PR 16123 | RQE 9864 |