As feridas crônicas são aquelas que não são reparadas em tempo esperado e apresentam complicações.
O desenvolvimento da ferida ocorre por muitos fatores, dentre eles estão doenças metabólicas, condições que comprometem o sistema circulatório e a pressão contínua em determinados locais da pele em decorrência da diminuição da mobilidade. Também os hábitos de vida do indivíduo, como alimentação inadequada, tabagismo ou o etilismo, podem tornar o tecido mais suscetível ao aparecimento dela feridas ou influenciar diretamente sua evolução.
No caso dos indivíduos que têm feridas crônicas, um dos tratamentos é a oxigenoterapia hiperbárica (OHB). Essa consiste na administração de uma fração inspirada de oxigênio próxima a um (oxigênio puro ou a 100%) em um ambiente com pressão superior (geralmente duas a três vezes) à pressão atmosférica ao nível do mar e que resulta em um aumento tecidual de oxigênio. Esse oxigênio é fornecido por câmara hiperbárica. A OHB exerce seus efeitos terapêuticos nas feridas por meio da alta concentração de oxigênio dissolvido nos líquidos teciduais que favorece a proliferação de fibroblastos, a neovascularização, as atividades osteoclásticas e osteoblásticas e também a ação antimicrobiana.
Lesões tratáveis com Oxigenoterapia Hiperbárica:
Lesões Teciduais Agudas
• Queimaduras;
• Traumatismos de ossos e/ ou partes moles;
• Gangrenas ou outras necroses;
• Abscessos, celulites;
• Síndrome de Fournier;
• Infecção e outras complicações pós-operatórias.
Lesões Teciduais Crônicas
• Pés diabéticos;
• Úlceras crônicas de extremidades;
• Osteomielites crônicas;
• Lesões actínicas (pós-radioterapia);
• Chron e retocolites ulcerativas.
Matéria por
Rodolfo Cesar Visoni Poliseli
Infectologia CRM/PR 20187 | RQE 14826 | Campo Mourão