Cirurgia íntima é o termo geral designado para procedimentos que corrigem alterações na estética do órgão genital feminino. Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (ISAPS), o Brasil é líder mundial na cirurgia de rejuvenescimento vaginal.
Na maioria dos casos, o descontentamento estético, desconforto na relação sexual e o estresse psicológico pela vergonha durante a exposição ao parceiro são as principais motivações para a cirurgia. Dependendo da alteração pode atrapalhar o uso de roupas justas ou biquínis e pode gerar incômodo na realização de algumas atividades físicas como andar de bicicleta. Em casos mais raros, a dificuldade em higienizar a região acaba provocando acúmulo de secreções, levando a irritações e infecções constantes, o que também leva as mulheres a optarem pela cirurgia plástica.
Entre os procedimentos mais comuns destacam-se:
* NINFOPLASTIA: correção do excesso de volume dos pequenos lábios, que podem crescer de forma exagerada (hipertrofia – quando protruem além dos grandes lábios/ “saem para fora) ou assimétrica (um lado fica maior que o outro) devido a uma série de fatores, tais como: alterações hormonais na puberdade, gravidez, parto e tendências genéticas. Tanto o aumento quando o escurecimento da pele na região costumam gerar insatisfação estética.
* LIPOASPIRAÇÃO DO MONTE DE VÊNUS: retirada de gordura localizada na região do púbis através da lipoaspiração. Também pode ser coletada gordura para ser enxertada nos grandes lábios, quando há flacidez excessiva no local.
* CLITOROPLASTIA: cada vez mais frequente, é a cirurgia para redução do tamanho do clitóris, quando ocorre um aumento exagerado deste, deixando-o semelhante a um “minipênis - situação muito comum entre usuárias de anabolizantes.
O objetivo da cirurgia íntima é devolver a aparência e formato normal, sem alteração na sensibilidade local e sem perda do prazer sexual. As cicatrizes são posicionadas em locais pouco visíveis e de rápida cicatrização.
A maioria dos procedimentos dura em torno de 1 hora e são realizados em ambiente hospitalar sob anestesia local e sedação. O pós-operatório exige cuidados locais e abstinência sexual de 40 dias até que os tecidos estejam bem cicatrizados.
As técnicas variam conforme a necessidade de cada paciente, mas são procedimentos que geram altas taxas de satisfação pós-operatória.
Matéria por
Luiza K. S. Hassan
Cirurgia Plástica CRM/PR 31139 | RQE 2846 | Foz do Iguaçu