Quando se instala em zonas genitais, o HPV provoca alterações celulares vulvares, vaginais e cervicais que, por vezes, progridem para uma lesão verrucosa ou anomalia severa. A lesão com potencial invasor pode ser interrompida e o Laser CO2 é a mais recente opção para o tratamento de lesões do trato genital. Há algumas condições para seu uso: o diagnóstico tem de estar correto, a localização da lesão deve ser exata e a técnica deve ser efetuada por ginecologista experiente, com treino especializado em laserterapia.
O tratamento de lesões do trato genital inferior por laserterapia recorre à “vaporização” das lesões, sendo um tratamento destrutivo completo ao mesmo tempo que proporciona a restituição integral dos epitélios e sua anatomia, características que acaba por lhe conferir vantagens. Não há o risco de infertilidade futura, é muito pouco invasivo e muito preciso e pode ser usado em ambulatório. O tratamento é rápido (alguns minutos) e a cicatrização e reepitelização são rápidas e completas e somam-se outros benefícios. O Laser CO2 permite tratar lesões em zonas “críticas” do aparelho genital feminino, que não são atingíveis pela cirurgia convencional, garante excelentes resultados estéticos e funcionais e a taxa de uma eventual recidiva é muito baixa.
Explicando: a vantagem do uso do laser de CO2 é que além de promover uma ablação tecidual eficaz, ele proporciona um campo operatório mais adequado. A hemostasia (controle de sangramento) que ocorre durante a aplicação, resulta em pouco ou nenhum sangramento, permitindo uma melhor visualização do campo operatório. Outras vantagens do uso do laser de CO2 são o tratamento estético, como a ninfoplastia, plástica dos grandes lábios vulvares, clareamento perineal, tratamento da atrofia vaginal ou secura e da incontinência urinária.
Matéria por
Tatiana Barbosa
Ginecologia e Obstetrícia CRM/SC 8214 | RQE 12989 | Florianópolis