Câncer de cólon

Câncer de cólon, um inimigo silencioso
A diarréia freqüente alternada com períodos de constipação (prisão de ventre), sangramento retal e dor tipo cólica são alguns dos indícios de um dos tipos de câncer mais freqüentes atualmente: o de cólon e reto. A doença se caracteriza pela presença de células cancerosas nos tecidos do cólon e do reto.

A incidência dessa neoplasia maligna é ligeiramente maior entre os homens do que nas mulheres. Inicia-se geralmente por volta dos 50 anos, mas também pode aparecer entre os 25 e 30 anos.

No Brasil, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), este é o quinto tipo de câncer que provoca maior mortalidade entre homens e mulheres.

As causas do mal
Não se conhecem realmente os fatores que causam o câncer de cólon, porém se presume que há mecanismos que vão alterando pouco a pouco a mucosa interna que recobre o intestino grosso. Esta alteração se apresenta devido a um crescimento da mucosa que, em uma primeira instância, recebe o nome de hipertrofia e depois se chama hiperplasia, até formar um pequeno pólipo canceroso.
Diversos estudos mostram que os fatores hereditários, a dieta rica em gordura e pobre em fibra, assim como a colite ulcerosa (uma inflamação do cólon acompanhada de úlcera), predispõem ao câncer de cólon.

Quando a doença se manifesta em pessoas jovens ??? por volta dos 25 ou 30 anos ??? se deve principalmente a fatores hereditários. Depois dos 50 anos, está associada a maus hábitos de vida.

Aprenda a identificar a doença
Os sintomas associados ao câncer de cólon dependem da localização específica da lesão, mas em geral podem causar, períodos de diarréia alternados com prisão de ventre, diminuição na espessura das fezes e presença de sangue nas evacuações. Cabe esclarecer que os indícios de sangue muitas vezes estão ocultos.

Quando o tumor aparece no lado direito do cólon, o paciente sente menos sintomas. Isto ocorre porque a porção direita do intestino é mais ampla, motivo pelo qual, em alguns casos, o tumor incomoda menos. Neste caso o sintoma principal é a anemia. Esta condição é gerada por uma perda imperceptível de sangue nas fezes. Geralmente aparece também diarréia.

Quando o tumor se localiza no lado esquerdo - ou seja, na porção terminal do reto, perto do ânus ??? há indícios de sangue, o paciente sente dor e muitas vezes fica com a sensação de que a defecação não foi completa. Também sente como se houvesse um corpo estranho no intestino.

Se o câncer de cólon não é detectado a tempo nem tratado, pode avançar até os gânglios linfáticos e depois até o fígado. Ou seja, as células cancerosas se multiplicam e avançam até outras partes do organismo (ocasionando uma metástase). Nesta situação, o paciente apresenta dor, icterícia (coloração amarelada da pele) e mal-estar geral.

Desmascarando o inimigo
O diagnóstico inicial desta enfermidade pode ser realizado através de um exame de fezes. O objetivo deste teste é descobrir rastros de sangue. Outros exames complementares e mais precisos são: enema opaco (Rx com contraste do intestino grosso), tomografia computadorizada, ressonância magnética e a colonoscopia (endoscopia do intestino grosso). Este ultimo é o principal exame para o diagnostico, pois ele identifica a doença e faz a biopsia da lesão mostrando se o tumor é benigno ou maligno.

O ideal é diagnosticar a enfermidade quando está em sua fase inicial, porque, à medida que o mal avança, diminuem as chances de cura.
Quando o câncer é diagnosticado ainda na fase inicial, as chances de sobrevivência são de 90% a 95%. Porém, quando diagnosticado nas fases mais avançadas, as chances caem para 50%.

Doença que pode ser curável
O tratamento é fundamentalmente cirúrgico. Ou seja, uma vez detectada a parte do intestino onde se encontra o tumor, procede-se à sua extirpação. Então, unem-se as duas partes do intestino que foram seccionadas. Quando se trata de câncer de reto, o tratamento é à base de quimioterapia e radioterapia, que permitem diminuir o tamanho do tumor e destruir as células cancerosas antes de partir para uma cirurgia.

Se as células malignas não se destroem com este processo, o paciente terá que se submeter a uma intervenção para extirpar a porção terminal do intestino, o reto e o ânus. Ao mesmo tempo se faz um orifício na parte inferior esquerda do abdômen (colostomia), por onde poderá eliminar as fezes.

Medidas preventivas
* Modere o consumo de gordura e aumente a ingestão de alimentos ricos em fibra.
* Se tem mais de 45 anos de idade, procure consultar um médico a cada seis meses.
* Faça exercícios e mantenha sob controle seus níveis de estresse.

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