O que é?
Fissura anal é uma ferida (úlcera) na margem do ânus. Ocorre, geralmente, como
resultado do impacto e atrito de fezes muito sólidas (na evacuação)
contra o canal anal.
O que se sente?
O paciente sente dor no ânus no momento da evacuação, que persiste desde alguns
minutos, até, às vezes, muitas horas. A dor pode aliviar sem medicação mas, em
algumas ocasiões, é necessário o uso de analgésicos, tal sua intensidade. ?? freqüente
que aconteça sangramento no momento da evacuação ou durante a higiene. Em geral
é de pequena quantidade, algumas gotas de sangue, cessando habitualmente após a
evacuação.
Como se desenvolve?
Esta lesão pode cicatrizar espontaneamente ou com tratamento especializado.
Quando persiste por muito tempo (semanas ou meses), se constitui no que
chamamos de Fissura Anal Crônica; então o tratamento, via de regra, é
cirúrgico. Esta úlcera não se maligniza mas não é impossível que, junto a esta
doença benigna (fissura), já esteja instalada uma afecção maligna (câncer). Esta
possibilidade obriga o paciente, com os sintomas descritos, a procurar seu
médico, que fará o diagnóstico de apenas uma úlcera (fissura anal) ou confirmar
a existência de um tumor maligno concomitante. No início da sintomatologia da
fissura (dor e sangue), se o paciente utilizar o autoexame (com espelho), só
verificará a existência de um corte (úlcera) na margem anal. Com o passar do
tempo e a cronificação desta úlcera, poderá ser observada, junto a esta, uma bolinha
na parte mais externa do canal anal, que é o chamado mamilo sentinela da fissura
anal.
Como se trata?
Para o tratamento destas lesões (úlcera mais mamilo sentinela) a cirurgia é a
indicação correta. Na fase aguda, a úlcera pode ser tratada clinicamente, se o médico
confirmar o diagnóstico. Na fase crônica, deve ser tratada com cirurgia, que
consiste na retirada do mamilo sentinela e na realização de uma
esfincteroplastia, isto é, o tratamento cirúrgico de uma porção do músculo do ânus.
A recuperação é rápida, com afastamento das atividades habituais por, no
máximo, uma semana. A dor pós-operatória, se presente, pode ser resolvida com o
uso de analgésicos por via oral.
Matéria por
Dror Yona
Gastroenterologia CRM/PR 20603 | RQE 13040 | Campo Mourão