F.U.E, sigla em inglês, que significa extração de unidades foliculares. Trata-se da técnica mais moderna usada, hoje, no transplante capilar. Ela consiste na retirada fio a fio da área doadora, para ser transplantada da mesma forma para a área calva. A técnica inovadora é, sem dúvida, a mais utilizada na Europa, nos Estados Unidos e, atualmente, no Brasil. É considerada uma evolução da técnica convencional até então utilizada, a técnica F.U.T (Follicular Unit Transplantation), sigla também em inglês, para o transplante de unidades foliculares, cujos folículos eram retirados por meio de incisões de 0,8 a 1,8 centímetros de diâmetro, deixando uma cicatriz linear na área doadora, onde é retirada uma faixa do couro cabeludo. Tende a mais dores, quando comparada a técnica F.U.E. As duas técnicas podem ser realizadas, simultaneamente, se houver interesse e indicação. Neste caso, a técnica é denominada de híbrida. Com a atual técnica (F.U.E), há além de maior naturalidade, no resultado final, inúmeras outras vantagens. A principal delas é a ausência de cicatrizes lineares na área doadora. Sem falar que o pós-operatório, em geral, é rápido e indolor.
CIRURGIA
O cirurgião trabalha simultaneamente com sua equipe, para que, em média, o processo todo (entre a retirada e o transplante) seja concluído em cerca de 8 horas. A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar com anestesia local e leve sedação para minimizar o desconforto, a alta acontece no mesmo dia. Durante a recuperação, apenas atividades físicas intensas devem ser evitadas, nos primeiros 10 dias, após o procedimento. É proibida a exposição solar, pelo menos, por 30 dias. São retirados cerca 1,8 a 2,2 mil unidades foliculares em cada cirurgia (cada unidade folicular pode ter de 1 a 4 fios).
Logo, podem ser transplantados de 4 a 6 mil fios, por sessão, dispostos na área receptora de forma individualizada.
SIMULAÇÃO DO PROCESSO - VANTAGENS
Além de não deixar cicatriz linear (preocupação muito frequente), o paciente ficará apenas com micro marcas (imperceptíveis) no couro cabeludo. Mesmo essas, logo são encobertas pelos novos fios. Em apenas sete dias, o paciente já pode retomar suas atividades profissionais, físicas (leves) e sociais. Também já poderá realizar o primeiro corte de cabelo, com a máquina no número dois. A técnica F.U. E permite retirar unidades foliculares nas áreas (antes impensadas) da nuca, da barba, da região sobre as orelhas e demais áreas onde nascem pelos. Evidente, desde que sejam equivalentes aos do couro cabeludo, algo que a técnica F.U.T (Follicular Unit Transplantation) não permitia. E, por ser praticamente indolor, não é necessário o consumo elevado de analgésicos no pós-operatório.
INDICAÇÕES
Se houver indicação para o transplante capilar com a técnica convencional (F.U.T), há também com a técnica F.U.E. Entretanto, essa última é sempre mais indicada para quem deseja: Evitar cicatrizes lineares, por desejar manter o corte de cabelo bem curto; Retornar de forma rápida às suas atividades, em geral, os atletas, executivos, entre outros; Para quem fez o transplante pela técnica convencional (F.U.T) e a perdeu devido à perda da elasticidade cutânea na área doadora; Pacientes com tendência a cicatrizes mais largas; Reparar transplantes mal-sucedidos com aspecto de “cabelo de boneca” (tufos); Em áreas muito grandes, pode haver necessidade de múltiplas sessões.
PÓS-TRANSPLANTE
Os folículos transplantados caem - entre o 15º e o 30º dia - após a cirurgia, para voltarem a nascer após três meses da realização do transplante. Os fios vão crescer, em média, 1 centímetro por mês. O paciente terá um resultado parcial do procedimento a partir do sexto mês, etapa em que será possível verificar em torno de 50% a 60% do resultado final. A cobertura total dos fios será observada dentro de 12 meses após o transplante capilar. Caso o paciente deseje fazer uma nova sessão, é preciso aguardar em média nove meses, para um novo procedimento. Nosso objetivo é oferecer aos nossos pacientes resultados naturais e de alta densidade. Para isso, mantemos uma equipe treinada e atualizada no que há de melhor para o tratamento da calvície.
Matéria por
Dr. Paulo Henrique Miranda Ribeiro
Cirurgia Plástica CRM/SP 108.754 36851 | São José do Rio Preto