Ortodontia é uma especialidade odontológica que corrige a posição dos dentes.
Dentes tortos ou dentes que não se encaixam corretamente debilitam a própria manutenção na boca pela dificuldade de limpeza, pois a escova pode não chegar onde a sujeira se encontra, e assim pode causar perda precoce dos dentes devido à deterioração pela doença cárie e até pela doença periodontal. Dentes mal posicionados também causam um estresse adicional nos músculos de mastigação podendo levar a dores de cabeça, ouvido, nas articulações da mandíbula, na região do pescoço, costas e ombros (torcicolo). Os dentes tortos ou mal posicionados também prejudicam a sua aparência, podendo interferir na seleção de um bom emprego ou obtenção de clientes em vendas no comércio, amigos e relacionamentos.
O tratamento ortodôntico torna a boca mais saudável, proporciona uma aparência mais agradável e dentes com maior probabilidade de durar a vida toda. Além de dificultar a entrada de vírus, fungos e bactérias nocivas ao organismo. Afinal de contas, por onde entram a maioria desses microorganismos? E quem fará o trabalho que os dentes tortos e mal posicionados não fizeram adequadamente? Outros problemas relacionados ao desenvolvimento gastrointestinal podem vir a ocorrer, ocasionando problemas sistêmicos e de desenvolvimento. Ex: gastrites ou hérnias.
Como funciona um tratamento ortodôntico eficaz?
Um tratamento ortodôntico, isto é, uma movimentação dentária, pode ser produzida sem aparelhos, ou com ajuda de aparelhos dentários. Muitas vezes para ajudar o ortodontista, diversos tipos de aparelhos, tanto fixos como móveis, irão ajudar a movimentar os dentes, retrair os músculos e alterar até o crescimento mandibular. Estes aparelhos funcionam colocando uma leve e continua pressão nos dentes e ossos maxilares, causando a movimentação. A gravidade do problema, é que irá determinar qual o procedimento ortodôntico mais adequado e mais eficaz.
Na ausência de aparelhos ortodônticos, o ortodontista pode utilizar-se do desgaste dentário, de extração dentária, da correção de posturas mandibulares. Nesses casos a movimentação se dará pela predição da movimentação. Beneficiando-se pela ação da pressão da língua, lábios ou bochechas, ou das próprias funções da boca, como fonação, mastigação, respiração e deglutição. Até o encaminhamento para fonoaudiólogos ou otorrinolaringologistas, poderá tratar causas de problemas respiratórios ou fonéticos, que também são causadores de mal posicionamentos dentários.
A movimentação dos dentes pode se dar por alguns instrumentos utilizado pelo ortodontista, como:
Aparelhos fixos — este é o tipo mais comum de aparelho; consiste de braquetes fixados aos dentes, e assim utilizados como âncoras para o um fio ortodôntico. Os fios em forma de arco são unidos e passam através dos braquetes. Os dentes então, são tracionados ou pressionados, movendo-se gradualmente em direção pré estabelecida pelo ortodontista. Os braquetes são ativados geralmente a cada mês para se obter os resultados desejados, que podem ocorrer no prazo de alguns meses ou anos. Atualmente eles são menores, mais leves e podem exibir ausência de metal (porcelana). Os elásticos que seguram o arco nos braquetes podem apresentar cores vivas divertindo todas as idades.
Aparelhos fixos especiais - utilizados para controlar hábitos, como chupar dedo ou mal posicionamento da língua. Podem ser utilizados para ortopedia (movimentação óssea), ou manter o espaço causado pela perda precoce de um dente, nesses casos para a espera por um dente permanente que ainda não irrompeu ou a futura instalação de implantes dentários. Estes aparelhos são fixados aos dentes através de bandas (anéis de metal). Normalmente são desconfortáveis, pois são fixos e podem incomodar durante as refeições e a fala. Mas não causam dor como muitos pensam.
Aparelhos móveis – existem diversos tipos de aparelhos móveis. Os mais utilizados são os de contenção superior, utilizados tão-somente para manter a posição dentária adequada dos dentes após um tratamento ortodôntico. Podem ser utilizados também para movimentações dentárias ou ortopédicas (dos ossos maxilares). Se prendem aos dentes através de ganchos metálicos, pressão por fios ortodônticos e resina plástica. Podem ser removidos e inseridos na boca pelo próprio paciente. Por esse motivo não são muito utilizados para movimentação dentária, pois se o ortodontista precisa de pressão continua nos dentes para uma movimentação, teria que depender da “vontade” do paciente em manter o aparelho móvel em boca.
Implantodontia, qual a sua finalidade?
É outra especialidade odontológica, e tem como objetivo reabilitar a boca de um indivíduo que apresenta ausência de um ou mais dentes, através da instalação de parafusos de titânio inseridos diretamente no osso, com a finalidade de suportar coroas protéticas muitas vezes mais bonitas e mais resistentes que um dente natural. A instalação de parafusos é feita onde anteriormente estaria uma raiz dentária, ausente devido a extração ou perda por trauma, cárie dentária ou doença periodontal. Esse parafuso é chamado de implante e é integrado ao dente através de uma cirurgia de altíssima precisão, com resultados excelentes em relação à durabilidade – pode durar a vida toda.
Em seguida, é confeccionada uma coroa dentária, que pode ser de porcelana ou acrílico, com a anatomia de um dente, que será fixada sobre o implante já integrado ao osso. Podemos dizer que o implante seria análogo artificial a uma raiz dentária e a coroa é a parte visível do dente.
Os Implantes dentais substituem os dentes perdidos, pontes móveis, dentaduras, jaquetas e pivôs. Entre a fase de colocação do implante e confecção da coroa definitiva, o cliente usará uma coroa provisória para a manutenção do espaço e restauração da estética. Afinal ninguém quer ficar sem um dente! A duração do implante, bem como da prótese no implante e da coroa dental, será a mesma de um dente natural, desde que não sejam submetidos a agressões e maus tratos.
Os Implantes são próteses fixas, retidas em sua posição por pinos integrados ao osso. São pinos rosqueáveis de titânio que, após a sua instalação vão se unir ao osso, dando assim o suporte necessário para a confecção do trabalho protético.
É importante que o paciente saiba que, após o término do tratamento, ele deve fazer uma manutenção periódica variando o intervalo de acordo com o caso. Esse acompanhamento é necessário para que o implante esteja sempre em perfeito estado, mantendo assim a saúde dos tecidos de sustentação (osso e gengiva).
Matéria por
JEAN RAFAEL GEREMIA
Cirurgia Odontológica CRO/SC 9615 | Chapecó