Miomas uterinos, também conhecidos por fibromas, são tumores benignos do útero. Compostos de tecido muscular, são as massas uterinas mais comuns e frequentes, ocorre com maior frequência entre os 40 e 50 anos, e incide de três a nove vezes mais em mulheres da raça negra.
A causa é desconhecida, mas sabe-se que seu crescimento é dependente de fatores hormonais, geralmente diminuindo de tamanho após a menopausa. Podem ser únicos ou múltiplos, desde bem pequenos, até atingir enormes volumes. Os fatores de risco são a idade, histórico familiar, origem étnica e obesidade.
Os sintomas são muito variáveis. Entre todos, o mais frequente é o sangramento uterino anormal, caracterizado pelo fluxo menstrual intenso, muitas vezes com coágulos, podendo resultar em anemia. A dor pode se apresentar em forma de cólica menstrual, mas se ocorrer de maneira repentina e severa requer avaliação, podendo indicar uma torção. Alguns sintomas compressivos também podem ocorrer, tais como aumento da frequência urinária, retenção de urina, constipação.
O diagnóstico é feito pelo exame físico associado à ultrassonografia transvaginal, onde será visto a quantidade de miomas, a localização e o tamanho de cada nódulo, confirmando assim o diagnóstico.
O tratamento deve ser individualizado, dependendo da idade da paciente e da presença ou não de sintomas importantes. Mas vale lembrar, que não existe um medicamento que faça desaparecer os miomas. Na conduta, o importante é controlar o crescimento do nódulo.
Quando a paciente tem sintomas, as opções de tratamento são: medicamentoso; intervenção não cirúrgica como a embolização da artéria uterina e cirurgia para retirada do mioma (miomectomia) ou retirada de todo o útero (histerectomia).
Matéria por
Liliane Brianeze
Ginecologia e Obstetrícia CRM/MT 6933 | RQE:2737 | Cuiabá