A articulação temporomandibular (ATM) é uma articulação sinovial, do tipo diartrose. Localiza-se anteriormente ao pavilhão auditivo (orelha). É uma articulação entre os ossos temporais do crânio e os côndilos da mandíbula. Há também outras estruturas componentes: a cápsula articular, o menisco, os ligamentos e os músculos relacionados com os movimentos da articulação. São em número de duas (direita e esquerda). Essa articulação é abreviada e chamada na literatura científica de ATM.
A ATM é uma das articulações que mais trabalha. Basta falar ou mastigar para que os músculos, tendões, ligamentos e cartilagens que a constituem entrem em atividade. Como consequência do excesso de trabalho, ela pode sofrer traumas, além de apresentar processos inflamatórios, infecciosos, autoimunes e malformações. As desordens temporomandibulares (DTMs) representam as alterações musculares e articulares que envolvem a articulação. Uma das queixas mais frequentes, neste contexto, é a dor, que pode se manifestar na face, no ouvido, no fundo dos olhos, na cabeça ou no pescoço. Estalos na abertura de boca, sensação de entupimento no ouvido e até mesmo tonturas podem ocorrer.
Por sua origem ser muitas vezes multifatorial, as (DTMs) exigem a avaliação de cirurgiões-dentistas, cirurgiões bucomaxilofacias e especialistas em disfunções temporomandibulares. O diagnóstico é clínico com a anamnese, inspeção, palpação e será apoiado por exames diagnósticos de imagem (radiografias ou ressonância magnética). Um interrogatório atento e bem conduzido quase sempre leva a um diagnóstico precoce e um tratamento adequado.
Matéria por
ARIANE PAREDES
Odontologia CRO/MT 7064 – CRO/SP 97.864 | Rondonópolis