Violência nos tempos de hoje
A morte violenta de crianças, o abandono de bebês nas ruas, terrenos baldios e latas de lixo, estão se tornando cada vez mais comum nos dias de hoje.
Segundo o Ministério da Saúde, as agressões constituem a principal causa de morte de jovens entre 5 e 19 anos. A maior parte dessas agressões provém do ambiente doméstico.
A Unicef estima que, diariamente, 18 mil crianças e adolescentes sejam espancados no Brasil. Os acidentes e agressões domésticas provocam 64,4% das mortes de crianças e adolescentes no País, segundo dados de 1999.
O que está acontecendo nas relações humanas? O que leva adultos a prática de atos como esses? Porque tratam e se desfazem de seres humanos como se fossem objetos?
Estamos vivendo uma época em que as relações humanas estão atribuladas, devido à inversão de valores. Há um egoísmo e um individualismo muito forte nas pessoas. Está faltando capacidade de formação de vínculos, pois cada um pensa somente no prazer próprio, não conseguindo lidar com as diferenças, respeitar e fazer o bem ao outro.
Os estudos apontam que nenhum ser humano é preparado para ser mal tratado, desprezado e abandonado. Quando isto acontece, na maioria das vezes surgem traumas e revoltas, que posteriormente podem desencadear transtornos mais graves, que dão continuidade ao ciclo da violência.
A vítima de violência doméstica, geralmente, tem pouca autoestima e se encontra atada na relação com quem agride, seja por dependência emocional ou material. Afinal, se a criança e o adolescente não conseguem encontrar segurança e estabilidade em suas próprias casas, que visão levarão para o mundo lá fora?
A violência doméstica é considerada um dos fatores que mais desestrutura famílias, influencia no consumo de álcool e drogas e estimula crianças e adolescentes a viver nas ruas.
Neste cenário, a Psicologia tem sua importância, ao pensarmos na necessidade de romper com este ciclo de violência que presenciamos atualmente, através de atividades de prevenção, orientação familiar, psicoterapia e trabalhos de conscientização.
Matérias Publicadas
Matéria por
Ellen Cristina Soares Ceranto
Psicóloga CRP: 08/12412 | Umuarama
Ana Paula Frazili de Godói
Psicólogo CRP: 08/13334 |