• sábado, 30 de setembro de 2017

Dislipidemias - O que é e como controlar...

A dislipidemia é caracterizada pela presença de níveis elevados de lipídios (gorduras) no sangue. Colesterol e triglicérides estão incluídos nessas gorduras, que são importantes para que o corpo funcione. No entanto, quando em excesso, colocam as pessoas em alto risco podendo ocasionar infarto, AVC, complicações renais, síndrome coronariana aguda, angina e trombose.

Nos dias atuais onde predominam o sedentarismo, alimentação rica e abundante em gordura e açúcar livre, a obesidade, o estresse e o tabagismo, os estudos têm mostrado que as placas de gordura nas artérias (circulação) começam muito cedo. A estimativa é de que, aos 20 anos, cerca de 20% das pessoas estarão afetadas de alguma forma.

O Colesterol desempenha funções essenciais em nosso organismo, como a produção de alguns hormônios, tais como vitamina D, testosterona, estrógeno, cortisol e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. É um componente estrutural das membranas celulares em nosso corpo e está presente no coração, cérebro, fígado, intestinos, músculos, nervos e pele. No entanto, o excesso de colesterol é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, isso porque pode formar placas de gorduras na parede das artérias, dificultando o fluxo sanguíneo, ou até mesmo obstruindo essa passagem.

Os Triglicerídeos são a forma de gordura mais comum no nosso corpo, sendo usados para fornecer energia para o organismo. Quando sua quantidade está elevada, eles são armazenados nos tecidos adiposos (tecidos gordurosos). Quando você desenvolve aquelas gordurinhas pelo corpo, como nos quadris ou na barriga, você está na verdade armazenando os triglicérides que estão em excesso.Eles estão presentes em vários alimentos comuns da nossa dieta, mas, a maior parte costuma ser produzida pelo nosso fígado. Quando comemos carboidratos em excesso (doces, massas, pães, etc.), o fígado pega esses açúcares a mais e os transforma em triglicerídeos, para que eles possam ser estocados nos tecidos adiposos, servindo como reserva energética.

A dislipidemia é uma doença silenciosa e o seu diagnóstico é realizado laboratorialmente, através de exames de sangue, medindo-se os níveis plasmáticos de colesterol total e suas frações (LDL-colesterol ou “colesterol ruim” e o HDL-colesterol ou “colesterol bom”) e triglicérides, que devem ser realizados a pedido do seu médico. Níveis de colesterol HDL, maiores do que 60 mg/ dL, caracterizam um fator protetor. Já os níveis de triglicérides, maiores do que 150 mg/dL elevam o risco de doença aterosclerótica coronariana. Os níveis desejáveis de LDL-colesterol variam para cada paciente, que devem ser avaliados individualmente em relação à história pessoal, familiar e a presença de fatores de risco para doença cardiovascular.

Existem 2 tipos de dislipidemias, as primárias e as secundárias

As primárias são de causa genética ou hereditária. As secundárias podem ser decorrentes de outras doenças tais como, diabetes descompensado, uso de determinadas medicações ( diuréticos, betabloqueadores e corticoides), alcoolismo e o uso de altas doses de anabolizantes também podem alterar o perfil lipídico e a mais comum é a dieta hipercalórica, já que 30% do colesterol do nosso organismo é proveniente na nossa alimentação. Uma dieta hipocalórica, pobre em ácidos graxos saturados e colesterol, é fundamental para o tratamento da dislipidemia. A atividade física moderada, realizada durante 30 minutos, pelo menos quatro vezes por semana, auxilia na perda.

Confira dicas simples para controlar seu colesterol e triglicerídeos:

• Fracione a alimentação ao longo do dia: consuma os alimentos em volumes menores e em maior número de refeições;

• Aumente o consumo de fibras: verduras, legumes, grãos integrais e leguminosas (feijão, por exemplo);

• Inclua oleaginosas (nozes e amêndoas, por exemplo) no seu padrão alimentar;

• Reduza o consumo de carnes gordas, prefira os pescados;

• Controle o consumo de ovo (gema), frituras e café expresso;

• Evite a manteiga e os queijos amarelos, substitua-os por margarina, contendo fitoesterois ou por queijos magros como cottage e ricota;

• Não fume;

• Inclua uma atividade física na sua rotina.