O pâncreas localiza-se na parte superior da cavidade abdominal, em uma área chamada de retroperitônio, situada atrás do estômago. Os tumores de pâncreas mais comuns são do tipo Adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular), correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. A maioria dos casos afeta a cabeça do pâncreas.
Pelo fato de ser de difícil detecção, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e de seu comportamento agressivo. Torna-se mais comum a partir dos 60 anos.
A neoplasia de pâncreas pode invadir estruturas vizinhas e linfonodos (ínguas). De início, são comprometidos os linfonodos situados nas imediações do pâncreas; em seguida, os linfonodos abdominais mais distantes. Com a progressão, as células malignas se disseminam principalmente para o fígado e o peritônio (membrana que recobre os órgãos abdominais), provocando acúmulo de líquido na cavidade abdominal (ascite). Os pulmões e a pleura também podem ser atingidos.
Fatores de Risco:
Sinais e Sintomas;
Os principais exames de imagem que permitem visualizar tumores pancreáticos são ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia endoscópica e colangiopancreatografia.
Outro exame útil é a dosagem do marcador tumoral CA 19-9 no sangue. Quando as imagens revelam a presença de um tumor pancreático, pode ser feita uma biópsia dirigida pela ultrassonografia ou pela tomografia.
Falando sobre tratamento: quando a doença é inicial ou localmente avançada (a doença cresceu, mas ainda está localizada, ou seja, não foi para outros órgãos), é indicada a cirurgia radical com intuito de remoção completa do tecido tumoral, através da retirada parcial ou total do pâncreas e dos linfonodos ao redor. Para um paciente cujo tumor foi removido cirurgicamente por completo, em geral, recomenda-se a quimioterapia preventiva (adjuvante), com o intuito de reduzir o risco de recidiva da doença. Na fase em que o câncer invade órgãos vizinhos ao pâncreas ou órgãos distantes (metástase), como peritônio, pulmões e fígado, o tratamento de escolha é a quimioterapia paliativa. O objetivo desse tratamento é reduzir o número de células malignas, prolongar e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Matéria por
RIVADÁVIO ANTUNES MENACHO DE OLIVEIRA
Oncologia CRM/PR 37975 | RQE 22209 | Londrina