Varizes são veias dilatadas e tortuosas que podem provocar desconforto estético, sensação de peso, dor, edema e lesões cutâneas, como hipercromia (pele escura), lipodermatoesclerose (pele endurecida/ grossa) e ulceração.
O tratamento com escleroterapia já é utilizado há pelo menos 100 anos, sendo que a utilização da espuma vem se difundindo principalmente nas últimas duas décadas e tem se mostrado uma eficiente alternativa no tratamento das varizes e suas consequências.
Entre os fatores predisponentes descritos, os mais comuns são: idade a partir da puberdade, sexo feminino, número de gestações, obesidade, uso de anticoncepcional, ficar muito tempo em pé parado, hereditariedade.
Podemos classificar o grau da doença de acordo com a dilatação das veias, assim como pelo comprometimento cutâneo, conforme tabela abaixo.
A partir da classe 2, deve ser solicitado um exame de ultrassonografia (eco-Doppler) para estudo do sistema venoso e melhor programação do tratamento.
A escleroterapia pode ser utilizada em todas as classes, sendo que na classe 1 utiliza-se líquido, enquanto que da classe 2 à classe 6 a aplicação é feita com espuma de polidocanol, em concentração variável de acordo com o que foi observado na ultrassonografia.
O tratamento com escleroterapia já é utilizado há pelo menos 100 anos, sendo que a utilização da espuma vem se difundindo principalmente nas últimas duas décadas e tem se mostrado uma eficiente alternativa no tratamento das varizes e suas consequências.
O tratamento de varizes com espuma tem o objetivo principal de ajudar os pacientes em melhorar a autoestima, como também em diminuir o desconforto físico. Apesar de provocar alívio dos sinais e sintomas na maioria dos casos, ser feito sem anestesia, cortes ou internação, não é isento de complicações. Portanto, cada caso deve ser analisado individualmente a fim de estabelecer qual a melhor opção terapêutica.
CEAP QUANTO À CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA (C)
Classe 1 - Veias menores que 3 mm de diâmetro).
Classe 2 - Veias varicosas (veia subcutânea palpável com mais de 3 mm de diâmetro).
Classe 3 - Edema.
Classe 4 - Alterações tróficas de pele (hiperpigmentação, lipodermatoesclerose, atrofia branca).
Classe 5 - Alterações tróficas com úlcera cicatrizada.
Classe 6 - Alterações tróficas com úlceras abertas.
Matéria por
AUGUSTO CEZAR LACERDA BRASILEIRO
Angiologia CRM/PB: 5987 | João Pessoa