Queixas de dores musculoesqueléticas intensas, síndromes miofasciais (pontos de gatilho), fadiga exagerada, distúrbios do sono e gastrointestinais, dores de cabeça constantes, depressão, alterações cognitivas, são alguns dos sintomas apresentados pelo indivíduo que desenvolveu fibromialgia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, “a fibromialgia é uma condição dolorosa, não articular e é a causa mais comum da dor musculoesquelética crônica e generalizada”. Porém esta descrição é muito vaga, logo que os sintomas desta doença podem envolver não apenas o sistema musculoesquelético como também ter dimensão social, emocional e psicológica.
Atualmente, as causas desta doença são desconhecidas, porém estudos indicam que é uma patologia multifatorial, que pode estar associada com a regulação de determinadas substâncias do Sistema Nervoso Central (serotonina e noradrenalina), mudanças hormonais, fadiga, estresse, sedentarismo, problemas de sono e infecções diversas, sendo mais comum em mulheres com conflito emocional prévio. Os fatores somato-emocionais, que são dores relacionadas a processos emocionais vividos, estão presentes na grande maioria dos casos. O diagnóstico da fibromialgia é essencialmente clínico, feito por meio da história dos sintomas e exame físico com identificação dos pontos dolorosos.
MAS COMO A OSTEOPATIA PODE AJUDAR?
Inicialmente o osteopata realiza uma avaliação minuciosa do sistema musculoesquelético, visceral e emocional, a fim de detectar quais os sistemas disfuncionais e realizar um diagnóstico osteopático preciso. Em seguida, é traçado um plano de tratamento com o objetivo de devolver o equilíbrio estrutural, funcional e do sistema nervoso neurovegetativo, restabelecendo a homeostase (equilíbrio das funções corporais). Isso proporciona ao indivíduo um relaxamento global profundo e consequente alívio das dores.
O osteopata utiliza diversas técnicas para obter a melhora do paciente. São empregadas técnicas da Osteopatia Estrutural, para liberar as disfunções articulares, musculares e posturais; da Osteopatia Visceral no caso de algum sistema orgânico estar afetado (por exemplo, o sistema digestório); e, da Osteopatia Craniana para restabelecer o ritmo crânio-sacro e liberar as membranas cranianas, induzindo a liberação somato-emocional, quando há componente emocional envolvido.
A Osteopatia apresenta resultados satisfatórios no tratamento da fibromialgia, sendo aprovada pelos pacientes que identificam, nesta abordagem, melhoras do quadro álgico, funcional e postural e das capacidades musculares e físicas. Todo o tratamento depende da queixa do paciente, o qual deve ser tratado como um todo indivisível e com o respeito devido.
A osteopatia proporciona ao indivíduo um relaxamento global profundo e consequente alívio das dores.
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LÊDA PRISCILLA BARBOSA DE MELO CARVALHO
Fisioterapeuta CREFITO 87858-F | João Pessoa