A Gastroplastia também conhecida como cirurgia bariátrica ou cirurgia da obesidade tem como finalidade melhorar a qualidade de vida do paciente, a autoestima e, principalmente, melhorar as doenças colaterais a obesidade. Esta cirurgia é conhecida pela redução do estômago e ocorre quando a obesidade chega à um nível crítico e pode ocasionar outras doenças, como hipertensão, diabetes, disfunções respiratórias.
Visando tratar a obesidade e melhorar ou até mesmo curar as doenças associadas, a indicação da cirurgia bariátrica segue algumas regras, como o cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea) do paciente, usando a fórmula IMC=Peso (Kg) / altura² (m²), indica-se nos seguintes casos:
1. IMC > de 40 kg/m², independentemente de comorbidades.
2. IMC 35 a 40 kg/m² na presença de comorbidades.
3. IMC 30 a 35 kg/m² a Cirurgia Metabólica poderá ser indicada para o tratamento de pacientes que possuem diabetes tipo 2.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou uma resolução em que reconhece a cirurgia metabólica como um tratamento para pacientes com diabetes tipo 2, com IMC entre 30 e 35 kg/m², primeira faixa para obesidade.
O paciente deve fazer uma série de exames antes da cirurgia, bem como acompanhamento com a equipe multidisciplinar: Clínico ou endocrinologista, nutricionista, psicólogo ou psiquiatra, avaliação pré-anestésica, visando dar tranquilidade e segurança na cirurgia e no pós-operatório precoce, evitando complicações cirúrgicas.
As cirurgias realizadas são por videolaproscopia, ficando internado em média dois dias. Em 15 dias o paciente já está apto a trabalhar, dirigir, e pegar pesos leves. Atividades físicas, como academia, são liberadas após 30 dias de cirurgia.
Existem atualmente 5 técnicas conhecidas e reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina e Ministério da Saúde. As duas técnicas mais utilizadas mundialmente: Bypass gástrico e Sleeve.
A Cirurgia de Sleeve ou Gastrectomia Vertical consiste na remoção da grande curvatura do estômago deixando o reservatório novo com formato tubular e alongado de volume entre 150 e 200ml. O paciente perde peso por ingerir menor quantidade de alimentos e também por ter um efeito hormonal associado (diminuição do hormônio Grelina - que aumenta a fome, e é produzido em maior quantidade nesta região do estômago que é retirada). É um procedimento realizado a mais de 20 anos, tem boa eficácia sobre o controle da hipertensão e doenças dos lipídeos (colesterol e triglicerídeos).
O Bypass gástrico é a técnica bariátrica mais praticada no Brasil, correspondendo a 75% das cirurgias realizadas. O paciente submetido à cirurgia perde de 70% a 80% do excesso de peso inicial. Nesse procedimento misto, é feito o grampeamento de parte do estômago e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial.
Matéria por
Nicholas Kruel
Cirurgia Geral CRM/SC 15636 | RQE 10718 | Florianópolis
Nicolau Fernandes Kruel
Cirurgia do Aparelho Digestivo CRM/SC 951 | RQE 6279 |