Causas da Calvície
O problema é mediado geneticamente. O indivíduo herda dos genitores, pais, avós, diferentes genes, que vão regular a quantidade de fios de cabelo, a espessura, a cor, a capacidade de crescimento, e também o tempo de vida deles. Neste ponto é que entra a genética da calvície: até quando os fios de cabelo vão se manter forte e vistosos? Cada pessoa tem uma programação diferente.
Os fios de cabelo da parte de trás da cabeça e das laterais possuem uma genética melhor, que leva a uma maior longevidade dos fios. Enquanto na parte superior da cabeça os fios vivem menos tempo, iniciando a afinar e desaparecer a partir da segunda década de vida. Isso pode ser mais cedo ou mais tarde, mais intenso ou mais leve, dependendo dos genes herdados.
É comum ouvir relatos de um paciente que está ficando calvo, enquanto seus irmãos e familiares possuem muito cabelo. Até mesmo gêmeos possuem padrões capilares diferentes, provando que nem tudo é realmente igual.
Estresse, caspa, lavagens
O estresse é um dos principais mitos na causa da calvície. A confusão vem do fato de problemas psicológicos e estressantes, poderem levar a quadros de Alopecia Areata, quadro onde ocorre queda de cabelo e falhas, na cabeça, barba, corpo. Mas isso não tem nada a ver com o fato de ficar calvo, é apenas uma confusão que se popularizou.
A caspa, ou dermatite seborreica, também tem sido relacionada a calvície. Como ela é mais frequente em homens, que por sua vez são mais calvos, é comum essa relação. A verdade é que essa patologia piora sim a qualidade do couro cabeludo, danificando folículos capilares. Deve ser tratada, mas não é a causa geradora do problema.
Lavar o cabelo, muitas vezes, diariamente, eventualmente é relacionado ao medo da calvície. Isso porque ao lavar, percebemos os fios que se desprendem do couro cabeludo, pois estão sendo trocados. Lavar mais ou menos o cabelo não é causa do problema, não deixa ninguém careca.
Prevenção
O fato de ter familiares com calvície, pais, tios, avós, deve ser considerado para que o cabelo seja avaliado em meados dos 20 anos de idade. Neste momento o médico Dermatologista, já consegue perceber através da Tricoscopia, os primeiros sinais de afinamento do cabelo e iniciar um tratamento.
Por incrível que pareça, quando alguém percebe que está ficando calvo, cerca de 40% dos fios já foram comprometidos! E o processo já não é mais completamente revertido.
No início do problema, tratamentos tópicos, orais e lasers, conseguem frear a evolução da calvície e até mesmo melhorar muitos dos casos. Tratamentos inovadores tem surgido, com aplicações no couro cabeludo, que devem ser realizados pelo médico especialista na área.
Casos avançados
Quem já está tratando e ainda não ficou satisfeito, ou mesmo quem nunca fez tratamento algum e apresenta um quadro de diminuição capilar importante, possuem ainda a opção da restauração capilar.
Nesta modalidade de cirurgia, os folículos com genética para viver mais tempo, presentes na parte de trás e laterais da cabeça, podem ser transplantados para a zona de poucos fios, que não está tão preenchida.
Entre as técnicas, a mais utilizadas no mundo hoje é o Transplante Capilar FUE, realizado sem a necessidade do corte na pele, fio a fio. A tecnologia da robótica também pode ser empregada com o uso do robô Artas, na chamada FUE Robotizada.
Os resultados dos transplantes capilares hoje são naturais, sem cicatrizes visíveis mesmo com cabelos curtos, acessíveis a homens e mulheres, e com custos semelhantes a outras cirurgias plásticas mais populares.
Antes de decidir realizar um tratamento ou cirurgia capilar, consulte um especialista e saiba qual a melhor indicação de tratamento para seu caso. Busque mais informações nos sites www.sbd.com.bre www.abcrc.com.br, e encontre os especialistas na área, no Brasil.
Matéria por
Márcio André Volkweis
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Dermatologia CRM/SC 24164 | RQE 14575 | Chapecó