Nos últimos trinta anos, o desenvolvimento de implantes artificiais - próteses é, sem dúvida, o avanço cirúrgico mais notável do século XX, na área da cirurgia ortopédica. A princípio, nestas articulações, qualquer grau significativo de destruição articular, deformação e perda de mobilidade, pode ser corrigido cirurgicamente de modo eficiente, com consequente reposição da morfologia e biomecânica.
Objetivos:
• Alívio das dores;
• Restauração da mobilidade;
• Correção das deformidades e da claudicação;
• Bons resultados em longo prazo.
Indicações:
A indicação fundamental da artroplastia total do joelho apoia-se num sintoma básico: a dor. Não há dúvida de que a incapacidade funcional e as deformidades graves sejam fatores importantes, mas a dor é o sintoma que, na maioria das vezes, leva o paciente ao médico.
O paciente “ideal” para a cirurgia deve apresentar dor de natureza moderada ou grave em atividades normais da vida diária e, eventualmente, em repouso. A dor é crônica, progressiva e resiste a todos os métodos conservadores de tratamento.
A diminuição do arco de movimento, em geral, acompanha o joelho doloroso. Embora a perda de mobilidade não seja isoladamente, uma indicação para a prótese, a rigidez do joelho pode ser incapacitante, sobretudo em pacientes com comprometimento poliarticular. Nestes casos, a artroplastia poderá ser indicada, mesmo que a dor seja leve ou ausente.
As deformidades angulares em valgo ou em varo podem ser um fator importante, mas devem ser avaliadas quanto ao grau de desvio no plano frontal, bem como quanto à associação com dor e instabilidade. O aspecto estético não deve ser considerado na indicação de prótese. A análise radiográfica deve ser apurada para programação cirúrgica.
A indicação de uma prótese deve, portanto, levar em consideração a tríade: dor, rigidez e deformidade, presentes em grande variedade de doenças articulares. A decisão pela artroplastia deve considerar a idade e as expectativas do paciente. As principais patologias em que a cirurgia é indicada são: a artrite reumatoide, espondiloartropatias soronegativas, espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrites, associadas com doença intestinal crônica (doença de Crohn, colite ulcerativa), artroplastia pós-osteotomia, artrose pós-traumática e idiopática.
Os pacientes com artrose primária idiopática constituem o maior grupo. Nestes casos, a prótese deve ser evitada antes dos 60 anos e todos os fatores devem ser apresentados e discutidos.
Matéria por
Rodrigo Ribeiro Munhoz
Ortopedia e Traumatologia CRM/PR:22220 | RQE: 13722 | TEOT: 9251 | Umuarama