Os seres humanos conseguem obter vitamina D a partir da exposição à luz solar, da dieta e de suplementos vitamínicos.
Ao incidir sobre a pele, a banda B da radiação ultravioleta converte um precursor em pré-vitamina D, que é rapidamente transformada em vitamina. As fontes alimentares são pobres, pequenas quantidades da vitamina D podem ser obtidas pela ingestão de peixes oleosos (salmão, atum, sardinha), sucos e cereais enriquecidos artificialmente.
A exposição de braços e pernas ao sol num período de cinco a trinta minutos (segundo a pigmentação cutânea), duas vezes por semana, produz níveis adequados de vitamina D.
De acordo com a associação americana de dietética, além de ser essencial na proteção dos ossos, a vitamina D também previne o câncer, enfarto e derrame. Doses maiores de vitamina D atuam contra a depressão, diabetes tipo 2 e doenças autoimunes, como artrite reumatoide e esclerose múltipla.
Na gestação, as futuras mamães devem ter a vitamina D medida no início da gravidez, e as que apresentarem níveis baixos devem receber suplementação. Segundo os médicos, existe uma relação direta, bem estabelecida entre a deficiência de vitamina D materna e a presença de deficiência de vitamina D fetal, bem como os níveis de cálcio e o raquitismo na infância. São vários os estudos que demonstram também a relação direta da deficiência da vitamina D e a pré- -eclampsia, a hipertensão arterial, maiores taxas de cesarianas e maior número de nascimentos prematuros. Também há estudos mostrando a relação direta dos níveis de vitamina D e o risco de diabetes gestacional. Para os especialistas, a deficiência de vitamina D deve ser tratada como um relevante problema de saúde pública. A reposição desta vitamina é eficaz, efetiva e de baixo custo, bem como sua dosagem é de fácil acesso em laboratórios de análises clínicas.
Além das gestantes, a deficiência de vitamina D é comum em todas as faixas etárias, em especial em idosos. Decorre de vários fatores, entre eles o fato de poucos alimentos conter quantidades significativas desta vitamina, a recomendação de evitar a exposição ao sol e/ou uso de bloqueadores solares, presença de doenças ósseas, renais e gastrointestinais e uso de determinados medicamentos.
A realização de dosagem de vitamina D está indicada em todos os indivíduos em risco, sendo a medida da 25 (OH) vitamina D recomendada como rastreamento. A deficiência é definida pela presença de 25(OH) vitamina D inferior a 20 ng/ml, insuficiência de 21 a 29 ng/ ml. O uso de suplementos de vitamina D devem sempre ser prescritos e orientados pelo seu médico.
Matéria por
Flaviano Carvalho Moreno Neto
Cardiologia CRM/MT 7180 | RQE 416 | RQE 4236 | Rondonópolis