DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
A labirintite é um termo inadequado, mas popularmente usado, para nomear as labirintopatias, que são problemas que acometem o equilíbrio, porque prejudicam o labirinto, estrutura da orelha interna.
São sintomas comuns das labirintopatias o desequilíbrio, tonturas rotatórias ou não rotatórias, náuseas, vômitos, sensação de flutuação e até quedas. O médico, especialista ou não, deve valorizar esses sintomas na medida que apresentam comorbidades, principalmente após os sessenta anos.
As condutas mais corriqueiras que se observam nesses casos é de se tratar tais manifestações com medicamentos clássicos, pelo tempo que contemple a remissão dos sintomas, ou seja, não realizando o diagnóstico claro a respeito da real patologia do paciente, mas tratando-a de uma forma geral.
Os indivíduos que são encaminhados ao consultório do otorrinolaringologista, normalmente, já tomaram três, quatro ou mais tipos de medicamentos para corrigir os sintomas, que às vezes por tal conduta até já obtiveram êxito, mas a taxa de reincidência é muito alta.
Para um diagnóstico mais preciso dependemos de uma HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO BEM FEITOS, valorizando provas posturais e de posicionamento para localizarmos qual labirinto está acometido.
EXAMES DE SANGUE SÃO IMPORTANTES para avaliar o estado metabólico do paciente, que deve ser corrigido para eliminar uma das causas frequentes de afecções do labirinto, a Doença de Ménière. Igualmente são as PROVAS AUDIOLÓGICAS, que nos mostram o funcionamento da cóclea, já que está intimamente ligada ao labirinto, e nos dão indícios de como está o ouvido interno com suas conexões neurais.
O padrão ouro para se diagnosticar a etiologia do problema labiríntico está na VECTOELETRONISTAGMOGRAFIA, exame que avalia o sistema vestibular, pois nos permite saber qual o lado que está prejudicado; como está a sensibilidade dos labirintos aos estímulos calóricos quentes e frio; e nos possibilita verificar se os sintomas do paciente são reproduzidos através desta.
Com um diagnóstico mais exato, a possibilidade de sucesso no tratamento é maior, tanto com medicamentos, quanto por REABILITAÇÃO VESTIBULAR, que também é realizado por profissionais capacitados que minimizam efeitos de algumas patologias, tais como a Vertigem Postural Paroxística Benignas (VPPB).
Matéria por
André Luiz M. Aguiar
Otorrinolaringologia CRM/MT 4442 | RQE 1260 | Rondonópolis