Após a detecção do tumor, combinação de métodos diagnósticos permite o estadiamento da doença, a definição terapêutica e o manejo pós-tratamento.
O câncer colorretal (CCR) é uma doença multifatorial resultante de fatores genéticos, ambientais e de hábitos de vida. É o quinto tipo de câncer mais diagnosticado no Brasil.
O diagnóstico usualmente é feito através do exame clínico e da colonoscopia que é capaz de realizar amostragens teciduais para análises laboratoriais nas quais são identificadas células cancerosas.
Após o diagnóstico firmado de câncer colorretal o médico assistente precisa definir a estratégia de tratamento, caso a caso. Neste contexto a ressonância magnética (RM) tem um papel muito importante.
A RM é a modalidade de escolha para o estadiamento do câncer colorretal. Utilizando-se desse exame de imagem é possível demonstrar a relação do tumor com as estruturas adjacentes e a parede do intestino. Com um bom campo de visão da pelve, o exame contribui com informações sobre a anatomia pélvica e suas relações com o tumor, além de possibilitar o estadiamento de lesões estenosantes. O método consegue detectar sinais de invasão vascular além da parede do intestino o que está associado a pior prognóstico por sua relação com maior risco de recorrência local e de metástases a distância. Os linfonodos, também conhecidos com ínguas, são passíveis de serem investigados pelo método, dado este muito importante devido a disseminação da doença. Tais informações fazem parte do estadiamento clínico na apresentação ou descoberta da doença. Estas e outras informações sobre o caso são imprescindíveis para a escolha da estratégia do tratamento.
Em muitas situações, no câncer colorretal, o médico assistente adota uma estratégia de tratamento com quimioterapia e radioterapia antes do tratamento cirúrgico, isto é chamado de neoadjuvância. Após este tratamento inicial a RM também se faz importante na avaliação da resposta do tratamento pré-cirúrgico.
O exame de ressonância magnética é feito na máquina de ressonância magnética. O paciente se deita numa maca que desliza para dentro do equipamento circular, que permite visualizar diferentes estruturas do corpo. É necessário ficar imóvel por alguns minutos durante o exame. O equipamento é extremamente seguro, com iluminação e ventilação adequados.
A ressonância magnética funciona à base de poderosos ímãs, que criam um campo magnético que permite a composição de imagens detalhadas. Em algumas situações pode ser usado uma medicação chamada de meio de contraste que é administrada pela via endovenosa.
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Lucas E. F. Calafiori
Radiologia CRM 25.629 | RQE: 15923 | Ponta Grossa