A Hiperidrose axilar é o excesso de sudorese nas axilas causada por uma hiperatividade das glândulas sudoríparas desta região. É mais comum entre adultos jovens, acomtendo tanto homens quanto mulheres.
Costuma perdurar durante toda a idade adulta e regredir espontaneamente na velhice. Está fortemente associada com nervosismo, estresse, ansiedade, obesidade e alterações hormonais.
O quadro é caracterizado por sudorese fácil e abundante nas axilas acarretando embaraço social, desconforto, deterioração das camisas e, por vezes, mal-odor. Apesar de ser mais exagerada no calor, esta sudorese pode ocorrer independente da temperatura local, surgindo em decorrência do estado emocional do indivíduo.
Tratamentos
Casos mais brandos podem ser tratados com medicamentos tópicos, iontoforese e/ou psicoterapia. Formas mais graves podem se beneficiar de tratamento sistêmico com agentes anticolinérgicos ou betabloqueadores não específicos. No entanto, o tratamento sistêmico pode ter repercussões cardiovasculares e deve ter acompanhamento cuidadoso deste sistema pelo médico.
A aplicação de toxina botulínica é uma boa opção, apesar de seu alto custo e da necessidade de constantes reaplicações, ocorrendo em média a cada seis a nove meses.
Uma opção que vem obtendo mais adeptos devido ao baixíssimo índice de complicações importantes é a cirurgia de ressecção das glândulas sudoríparas axilares, chamada lipossucção com curetagem. É um procedimento simples realizado sob anestesia local ou anestesia local associada a sedação, no qual as glândulas são removidas através de dois pequenos orifícios de no máximo 1cm em cada axila. É uma técnica que se limita ao plano cutâneo, não atingindo estruturas nobres e profundas do corpo, além de agir diretamente sobre a causa da hiperidrose (a hiperatividade das glândulas sudoríparas) e apresenta mínimos riscos a outros órgãos. No pós operatório podem aparecer pequenas equimoses na axila que, em media desaparecem em 5 dias. É necessário o uso de camiseta elástica de compressão por 30 dias e realização de drenagem linfática.
Matéria por
Orlando Monteiro
Cirurgia Plástica CRM/PR: 18515 | RQE: 15395 | Maringá