Você já deve ter se deparado com a velha expressão “Tal pai, tal filho”. De certa forma, esta expressão traz a reflexão sobre como as crianças reproduzem os comportamentos dos pais. Então surge o alerta aos genitores: Será que meu comportamento dentro de casa está sendo prejudicial ou benéfico para meu filho?
Muitas queixas que surgem na clínica são de pais que não sabem como lidar com os filhos, cujos comportamentos são inapropriados para a idade, ou até mesmo apresentam um quadro clínico mais grave, como depressão infantil. Contudo, ao iniciar o atendimento com a criança e realizar entrevistas com os responsáveis é possível observar que a criança na verdade é o sintoma da família na qual está inserida.
É importante que os pais saibam que toda maneira de lidar com suas crianças é educativa de algum jeito: aqueles que não falam, educam para o silêncio. Já os que discutem, se expressam, educam para a comunicação.
Estudos atualizados vem demonstrando que crianças que moram com pais com sintomas depressivos ou outros problemas mentais têm mais chance de apresentarem problemas emocionais e de comportamento.
Sendo assim, é de extrema importância que os pais tomem consciência quanto a grande influência que exercem sobre seus filhos. Estabelecer um diálogo e participar da vida e das conquistas do filho também contribui para que a criança tenha mais confiança em si mesma, fortalecendo consequentemente sua autoestima.
Porém, mais do que isto, é necessário que os pais sejam o espelho da vida para os pequenos, pois as atitudes vivenciadas nos âmbito familiar são de maior valor do que as regras estipuladas e os conselhos dados.
Matéria por
Maria A. Prizão Saporiti
CRP 08/17267 | Londrina
Angela Zechim Luziano
CRP 08/19199 |