Problemas de pele, em geral, afetam (e muito!) a qualidade de vida das pessoas. E o melasma não foge à regra. Embora não tenha nenhuma consequência no organismo, essas temidas manchas podem trazer consequências emocionais aos pacientes, minando sua autoestima!
Você sabe o que é melasma?
O melasma é uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comumente na face (“maçãs do rosto”, testa, nariz e buço), mas também pode ocorrer nos braços, pescoço e colo. O que ocorre é que os melanócitos (células da pele responsáveis pela produção de melanina, substância que dá a cor da pele) das áreas manchadas começam a trabalhar exageradamente sob estímulos normais, produzindo melanina em excesso, causando escurecimento localizado da pele.
Quem pode ter melasma?
Embora possa afetar os homens, o melasma é muito mais comum nas mulheres, principalmente nas de pele morena a negra. Pode surgir em qualquer idade, sendo mais comum entre os 20-50 anos.
Quais são as causas do melasma?
A causa exata do melasma não é conhecida, mas há muitos fatores que podem aumentar o risco de se desenvolver essas manchas no rosto, sendo predisposição genética, exposição solar e estímulo hormonal (gravidez e uso de anticoncepcionais), os principais. Além da radiação solar, a exposição a luzes artificiais, como celulares, computadores e lâmpadas para iluminação de ambientes também pode desencadear ou piorar o quadro. Outro fator descrito como agravador é o estresse e outros problemas emocionais (então, muita calma nessa hora!)
Melasma tem cura?
Infelizmente não! Porém, com os cuidados necessários e tratamentos adequados, é possível controlá-lo. Para isso, é importante manter uma rotina de cuidados que não pode ser interrompida aos primeiros sinais de melhora.
Quais são as opções de tratamento?
O ponto de partida para que o tratamento tenha efeito é a proteção contra os raios solares e luz visível. Para isso, está indicado protetor solar com alta proteção e de preferência com cor. Os protetores com cor de base contêm óxido de zinco, que formam uma barreira física e protegem também contra luz visível.
Vale lembrar da importância da reaplicação do filtro solar durante o dia!
O tratamento básico e que a paciente vai usar como manutenção por muito tempo é feito com cremes clareadores. Ativos como hidroquinona, tretinoína e ácido tranexâmico têm bons resultados. Existe também a opção de tratamento via oral, com cápsulas industrializadas ou manipuladas de polypodium leucotomos, picnogenol, ácido tranexâmico e muitos outros com menor comprovação científica. Uma grande parte das pacientes respondem de forma satisfatória apenas com esses tratamentos. Outras, infelizmente, apresentam um melasma mais resistente e vão necessitar de procedimentos no consultório para obter o controle das manchas. Entre esses procedimentos estão os peelings químicos, a aplicação de ácido tranexâmico diretamente na pele através de um equipamento chamado MMP e laser Q-switched. Existem ainda outras opções de tratamentos que, combinados, podem oferecer resultados bastante positivos. Contudo, é fundamental a avaliação de um dermatologista. Somente ele poderá indicar a melhor opção para você. Também é importante estar atento a todos os cuidados básicos, como o uso constante do filtro solar, além de óculos de sol, chapéus ou bonés durante a exposição à luz solar.
Por que comigo?
Se você tem melasma provavelmente já se fez essa pergunta. Mas acredite, você não é a única. Sempre impecáveis e maquiadas, fica difícil acreditar que várias famosas também sofrem com o melasma, como Flávia Alessandra, Fernanda Souza, Ivete Sangalo e ainda, Aline Moraes. Nem mesmo sabendo disso, elas perdem o encanto, não é mesmo? Toda mulher está susceptível a ter esse problema! Esses são apenas alguns exemplos para mostrar que a mulher pode sim conviver com o melasma e, ainda assim, se sentir linda e bem. A maquiagem é uma grande aliada e, apesar do incômodo, essa série de cuidados que citamos pode atenuá-lo. Converse com seu dermatologista!
Matéria por
Carolina Alcântara
Dermatologia CRM/PR 31022 | RQE 68183 | Cianorte