Estudo da FCMSCSP pode ajudar no diagnóstico precoce do Alzheimer
Um estudo em desenvolvimento pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), que tem como mantenedora a Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), pode ajudar no diagnóstico precoce da doença de Alzheimer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 47,5 milhões de pessoas convivem com algum tipo de demência, sendo o Alzheimer responsável por cerca de 70% dos casos.
Ainda não existem exames laboratoriais que detectem a doença de Alzheimer antes do aparecimento dos sintomas clínicos, os quais são detectados somente quando já há sinais de perda cognitiva significativa. Se descoberto precocemente, as chances de retardar a progressão da doença são maiores. De acordo com os pesquisadores, o estudo consiste em sintetizar e infundir na corrente sanguínea do paciente peptídeos pequenos, que possuem afinidade para o peptídeo conhecido como beta-amiloide, responsável pela agregação e formação das placas amiloidais no cérebro. São estas placas que, se acumuladas, incorrem na perda da capacidade cognitiva e dos neurônios. Os fragmentos peptídicos são ligados a um radioisótopo por meio do procedimento chamado de radiomarcação, o qual é realizado em parceria com pesquisadores do Instituto Israelita Albert Einstein, e assumem um papel de marcadores biológicos que acusam, em imagens, o acúmulo de placas amiloidais no cérebro e, consequentemente, detectam precocemente o Alzheimer.
Confira alguns mitos e verdades sobre o Alzheimer:
• O primeiro sintoma do Alzheimer é a perda de memória? Sim, é verdade. A perda de memória é o sintoma inicial. Outros sintomas, como isolamento social e perda da independência para ações do dia a dia ocorrem em estágios mais avançados.
• Ter esquecimentos constantes significa que a pessoa tem Alzheimer? Não é verdade. Podem estar relacionadas a outras demências. No entanto, caso ocorram com certa frequência, é importante que um médico especialista seja consultado.
• Quem tem Alzheimer não consegue compreender o que se passa ao redor? Neste caso, dependerá do estágio da doença. Isso ocorre geralmente em casos intermediários e avançados, quando a pessoa começa a não ter noção do que está acontecendo.
• Praticar atividade física é importante para combater a doença? Sim, é verdade. A atividade física é importante, assim como o treino cognitivo, ou seja, o exercício do cérebro. Jogos de tabuleiro e palavras cruzadas podem ajudar a manter o cérebro em exercício.
Matéria por
Oscar Pereira Junior
Farmacêuticos (as) CRF: 1303 | Ponta Grossa