Uma boa função sexual é fundamental para o completo bem-estar. A saúde sexual envolve diversos componentes em relação à sexualidade, como: biológico, cultural, psicológico e social.
Quando alguns desses fatores são atingidos, pode-se originar um quadro de disfunção sexual. A resposta sexual humana é dividida em várias fases, desde o desejo até a satisfação (com ou sem orgasmo). Cada uma destas fases é passível de falha, de modo que conhecer exatamente em qual fase está o problema é o melhor começo para um tratamento rápido e de sucesso.Uma das disfunções mais comuns é a relação sexual dolorosa. Mais de um terço das brasileiras apresenta o problema, desde um leve desconforto no início do ato sexual até fortes dores que impedem qualquer tentativa de relação sexual, com ou sem penetração. As manifestações mais frequentes são a dispareunia e o vaginismo.
A dispareunia é a dor genital persistente ou recorrente associada à relação sexual, no início da penetração ou durante intercurso. Ocorre em qualquer local genital (clitóris, lábios ou vagina) e costuma ser identificada como aguda, ardente ou apertada.
O vaginismo é a dor e incapacidade de relaxar a musculatura, sendo muitas vezes incapacitante, ou seja, não ocorre a penetração vaginal de maneira alguma. É uma contração involuntária (que não depende da própria vontade da mulher) dos músculos do assoalho pélvico, que estão ao redor da vagina e que geram espasmos.
O diagnóstico dependerá da queixa da paciente em conjunto com outras informações que envolvem a história sexual, biopsicossocial e o exame físico.
O tratamento é realizado por um profissional especializado, e consiste na reintegração (reconhecer ou conhecer) da musculatura do assoalho pélvico no esquema corporal da mulher, através de técnicas de alongamento, relaxamento e propriocepção.
Matéria por
Nicole Guidi Valverde
Enfermagem COREN SC 199.644 | Florianópolis