Aliviar ou curar as pessoas que padecem de uma enfermidade é um dos motivos que me levou e, também, a grande maioria dos médicos a escolher a medicina como profissão.
“A medicina (arte de curar os enfermos, tanto da alma como do físico) é fantástica e, embora sua prática médica exija conhecimento científico, é o sentido humanista que nos torna melhores profissionais. Portanto, vejo com muita simpatia as faculdades de medicina desenvolvendo o lado humanístico dos futuros médicos”, afirma Dr. Carlos.
“Desde criança, sempre quis ser médico e, nestes 47 anos de profissão, a medicina me trouxe grandes momentos de satisfação. Não vejo como ser possível exercer a profissão de médico sem compaixão e dedicação ao nosso próximo, por isso o exercício da medicina deve ser realizado com competência e amor, o que é fundamental para a saúde de todos nós, seres humanos”, acrescenta Dr. Carlos Eduardo Cury.
Neste artigo, ele aborda o que considera peça fundamental no tratamento de um paciente, que é a relação médico-paciente-família. Feito o diagnóstico de uma enfermidade, baseado nos dados clínicos e exames complementares, o próximo passo é montar o plano de tratamento.
O plano de tratamento é fundamental e aborda vários pilares:
• Um bom diagnóstico;
• O esquema de tratamento (cirúrgico ou clínico);
• O estilo de vida;
• O prognóstico da enfermidade ;
• Relação médico – paciente – família.
Como disse, o relacionamento entre as partes é fundamental e crucial para atingirmos o alvo, que é a cura ou mesmo a melhora do paciente. Paciente e família (os mais próximos) têm que ter amplo conhecimento e informações sobre o diagnóstico e tratamento a ser executado, incluindo com muita clareza e transparência, o prognóstico.
O paciente, ao buscar ajuda para seu problema de saúde, abre a sua privacidade, confiança e fragilidade, depositando grande confiança no médico. Exercer a medicina é colocar em prática toda a experiência e conhecimento adquirido ao longo da carreira e tratar do paciente, não apenas da doença, mas também da alma.
Temos que deixar de lado problemas pessoais e nos empenharmos com afinco e arranjo para solucionar os problemas dos pacientes, como um ser humano único. Compartilhar com o paciente e com familiares dele (de acordo com sua vontade) os diagnósticos, os procedimentos e tratamentos, são partes fundamentais desta relação.
O entendimento humano da pessoa doente deve, ainda, ser muito relevado. Tanto paciente como família olham para o médico com esperança e confiança, pedindo por ajuda e acolhimento. Os enfermos, em geral, são pessoas carentes e à procura de uma palavra que os auxiliem a superar aquele momento difícil.
Em suma, tratá-los como gostaríamos de ser tratados é muito mais que uma questão de lógica, faz parte da nossa profissão. Compartilhar e transmitir fé, confiança e esperança são básicos no processo de cura de qualquer enfermidade.
Matéria por
CARLOS EDUARDO CURY
Reumatologia CRM/SP 158.889 | RQE 6402 | Bauru