Para termos uma ideia, aproximadamente 10% da população mundial apresentará algum episódio de cálcu- lo renal ao longo da vida, sendo que o homem apresenta 3 vezes mais chance do que a mulher, além disso, cerca de metade desses pacientes apresentarão um segundo episódio de cálculo.
A rotina cada vez mais intensa, pouca atividade física, ingesta hídrica inade- quada e má alimentação são os prin- cipais fatores causadores de cálculo.
A dieta típica dos países industriali- zados, rica em sódio, em proteínas de origem animal e bebidas adoçadas com açúcar, tem como consequência uma elevada excreção de cálcio, ácido úri- co, oxalato e fósforo e uma diminuição do citrato e pH urinários, favorecendo, assim, a formação dos cálculos.
Como podemos nos cuidar??
• Diminuir consumo elevado de carnes pode diminuir em cerca de 50% a chance.
• Cuidardoperfilnutricional.Estima-se que 88% das pessoas com cálculo renal tem sobrepeso ou obesidade de acordo com o IMC. • Tratamentodapressãoalta.64%das pessoas com cálculos são hipertensas.
• Diminuir o consumo de sal. Talvez o fator mais importante. A alta ingesta de sódio (recomendado 5-6g/dia) e ingestão abaixo do recomendado de cálcio, potássio e líquidos favorecem a formação e recorrência da nefrolitíase. E quais as formas de evitar os cál- culos??
• Os principais fatores protetores são o alto consumo de magnésio, de fibras provenientes dos cereais integrais e de frutas e legumes frescos, principlamente frutas cítricas como limão e laranja que são ricos em citratos prevenindo a formação de cálculos.
• Ingesta de líquidos entre 2-3 litros/dia.
Antigamente, uma das principais recomendações dietéticas para a preven- ção de cálculo renal era a restrição da ingesta de cálcio. Hoje, vários estudos mostram que não há relação entre a ingesta de cálcio e a formação de cál- culos, pelo contrário, parece haver uma relação inversamente proporcional.
Algumas vezes, é necessária uma ex- tensa investigação clínica e laboratorial do cálculo renal, podendo ser usados medicamentos que alteram a composição da urina.
O tratamento cirúrgico da litíase renal, envolve uma grande gama de possibilidades e técnicas. Atualmente, a grande maioria dos cálculos podem ser tratadas de forma minimamente invasiva, o que permite uma recuperação precoce e retorno às atividades rápida para o paciente.
Uma das possibilidades de tratamento, é o uso de ureteroscópios semirrígidos ou flexíveis que permitem chegar até o cálculo na via urinária, fragmentá-lo com laser e retirar os fragmentos, sem nenhum corte.
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Matéria por
Yoann Pierre Pérès
Urologia CRM/SC 16488 | RQE 13777 | Itajaí