A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima a ocorrência de mais de um milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) por dia no planeta. Ao ano, estima-se, aproximadamente, 357 milhões de novas infecções, entre HPV, clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoniase. O sexo sem proteção está causando a explosão do número de pessoas infectadas com agentes de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). A despeito das campanhas e dos alertas dos médicos, um pouco mais da metade dos jovens entre 15 e 24 anos usa preservativo na relação com parceiros eventuais.
Os outros, partem para o risco e podem ser infectados pelo HIV, vírus que provoca a AIDS, papilomavírus, causador dos condilomas e câncer, entre outras enfermidades. Nos últimos quatro anos, o aumento dessas doenças tem sido assustador, principalmente em relação a sífilis, que é uma doença fácil de tratar. Mas, está faltando diagnóstico e tratamento adequados. O que vemos é apenas um dos parceiros sendo tratados e o outro não. E, às vezes, a gestante é tratada de forma incorreta e o bebê nasce com a doença. O Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano) constatou que das 7.586 pessoas testadas, 54,9% tinham o vírus e 38,4% apresentavam alto risco de desenvolver câncer.
Quanto à Aids, o índice de contágio dobrou entre jovens de 15 a 19 anos, passando de 2,8 casos por 100 mil habitantes para 5,8 na última década. Na população entre 20 e 24 anos, chegou a 21,8 casos por 100 mil habitantes. Em 2016, cerca de 827 mil pessoas viviam com o HIV no País. Aproximadamente 112 mil brasileiros têm o vírus, mas não o sabem. Está faltando uma boa assistência voltada às ITSs. Precisamos de educação, que é a base de tudo. Precisamos informar a população sobre os riscos da relação sexual desprotegida e sobre os riscos de excesso de parceiros.
Matéria por
Josiane Saab Rahal
Ginecologia e Obstetrícia CRM/PR: 17168 | RQE: 10793 | Umuarama