O cuidado materno e a saúde mental da criança se estabelecem diante do vínculo mãe-bebê e pode ser considerado de extrema importância no desenvolvimento de toda criança, sendo necessário muito amor e dedicação para um desenvolvimento adequado.
Com a finalidade de entender a importância desses cuidados iniciais no psiquismo infantil e suas consequências decorrentes quando esses vínculos não forem bem estabelecidos e mantidos, a qualidade dos cuidados parentais que a criança recebe em seus primeiros anos de vida é de vital relevância para seu desenvolvimento mental.
As relações insatisfatórias na primeira infância predispõe as crianças a reagirem futuramente com tendência antissocial diante das tensões, e a criança privada dos cuidados maternos no seu desenvolvimento psíquico quase sempre retroage física, intelectual e socialmente. E os fatores hereditários podem exercer algum papel de influência negativa, exceto quando afirmam que estes fatores são responsáveis por todas as diferenças no comportamento. A privação maternal demonstra claramente que quanto mais longa é a privação, maior e a queda no desenvolvimento da criança.
Comprovando que uma criança residente numa instituição de acolhimento, os efeitos prejudiciais podem ser diminuídos através de cuidados maternais extras, prestado por uma mãe substituta. Surpreendente e trágicas mudanças de comportamento dos sentimentos do bebê (BOMLBY, 2006).
O instrumento do trabalho dos profissionais “Psi’s” que desde cedo se habituam a pensar na escuta subjetiva e na atenção ao “sujeito”, esquece ou naturaliza a história pessoal atravessada por “HISTÓRIAS MAIS AMPLAS”.
Forjar conceitos da gênese “MENOR” E “CRIANÇA” é discernir sua integração a lares ditos apropriados e incorporados de “saberes-poderes” médicos, pedagógicos e discursos psicológicos; ou sobre crianças sem família ou com família tidas como “anormais, irregulares, patológicas”. (GONÇALVEZ, 1999).
A ciência não se restringe à estatística da criminalidade juvenil, mantendo a dupla temática de defesa do “menor abandonado” aferindo a causa à “pobreza” ou ainda , um portador da ameaça potencial e coletiva á uma sociedade que o vê como “menor criminoso ou delinquente”.
Uma condenação moral da violência dos pais contra os filhos de crivo sonegado á consciência do autor e do profissional atuante.
A razão do atendimento clínico deve ser tratado com parcimônia, prescindindo qualquer postura prévia condenatória...
Matéria por
Mauro Rebello
Psicanálise
Ramona Aliendre
Psicóloga Clínica