• segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Estenose Degenerativa do Canal Vertebral

Com o aumento da expectativa de vida da população, cada vez mais nos deparamos com doenças degenerativas da coluna vertebral, em particular nessa publicação vamos nos ater a estenose degenerativa do canal vertebral.

Como o próprio nome diz, trata-se da diminuição progressiva das dimensões de canal vertebral causada por artrose facetária, discopatia degenerativa, hipertrofia ligamentar e instabilidade da coluna lombar, observada em pacientes geralmente com idade superior a 60 anos.

Dentre as queixas mais frequentes estão as dores lombares e em membros inferiores, diminuição da força muscular, parestesias (queimação, formigamentos), dificuldade para marcha, cansaço fácil, sensação de peso. O que tem grande variabilidade é a intensidade das queixas e o grau de incapacidade para as atividades da vida diária.

Dependendo do grau de deterioração da qualidade de vida do paciente, ou seja, da intensidade com que os sintomas o acometem, principalmente a dor e a dificuldade para marcha, conhecida como claudicação neurogênica, e também das comorbidades associadas, podemos indicar várias formas de tratamento que vão desde a medicação e tratamento fisioterápico, para tentar atenuar os sintomas, ao tratamento cirúrgico. Geralmente pacientes com obstrução maior que 50% do canal são os de indicação cirúrgica, e alguns estudos mostram que o tempo de espera prolongado, pode levar a um resultado cirúrgico insatisfatório.

Precisamos também estar atentos a outras situações que apresentam queixas semelhantes que devem ser distinguidas como a polineuropatia diabética, quadros de dores musculares crônicas, que devem ser conduzidas adequadamente.

Para o diagnostico e estadiamento do quadro, o exame de eleição é a ressonância nuclear magnética, que quando necessário, poderá ser complementada com eletroneuromiografia dos membros inferiores para o diagnostico diferencial.

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