Varizes são veias dilatadas e tortuosas que podem provocar desconforto estético, sensação de peso, dor, edema e lesões cutâneas como hipercromia (pele escura), lipodermatoesclerose (pele endurecida/grossa) e ulceração.
Figura 1. Laser Transdérmico para microvarizes
Figura 2. Telangiectasias em face (tratamento com Laser Transdérmico).
Figura 3. Varizes calibrosas (tratamento com espuma).
Figura 4. Preparação da espuma para varizes calibrosas.
Entre os fatores predisponentes descritos, os mais comuns são: idade a partir da puberdade, sexo feminino, número de gestações, obesidade, uso de anticoncepcional, ficar muito tempo em pé parado, hereditariedade.
Podemos classificar o grau da doença de acordo com a dilatação das veias, assim como pelo comprometimento cutâneo, conforme tabela a baixo.
CEAP quanto à classificação clínica (C) |
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Classe 1 |
Telangiectasias ou veias reticulares (veias com diâmetro menor ou igual a 3 mm). |
Classe 2 |
Veias varicosas (veia subcutânea palpável com mais de 3 mm de diâmetro). |
Classe 3 |
Edema. |
Classe 4 |
Lesões tróficas de pele (hiperpigmentação, lipodermatoesclerose, atrofia branca). |
Classe 5 |
Alterações tróficas de pele com úlcera cicatrizada |
Classe 6 |
Alterações tróficas de pele com úlcera aberta |
Geralmente, a partir da classe 2, solicita-se um exame de ultrassonografia (eco-Doppler) para estudo do sistema venoso e melhor programação do tratamento.
O tratamento de varizes tem como objetivo principal ajudar os pacientes a melhorar a autoestima, como também diminuir o desconforto físico. Hoje, é possível tratar uma boa parte dos casos com técnicas menos invasivas, onde não há necessidade de internação ou anestesia. A maioria dos pacientes se encontra nos estágios iniciais da doença, onde a utilização do Laser Transdérmico associado ou não com a esclerose líquida obtém excelentes resultados (Figura 1). O Laser Transdérmico pode ser utilizado ainda nas microvarizes em outras regiões do corpo, como a face (Figura 2). Pacientes que apresentam veias mais calibrosas (Figura 3) ou que estão em estágios mais avançados da doença, podem se beneficiar com a escleroterapia de espuma (Figura 4). Cada paciente, entretanto, deve ser analisado individualmente a fim de estabelecer qual a melhor opção terapêutica.
Matéria por
Angélica Fernandes de Lacerda
Angiologia CRM/PB 8897 | RQE 5383 | João Pessoa
Augusto Cézar Lacerda
Cirurgia Vascular CRM/PB 5987 | RQE 5280 |
Julio Cesar Oliveira Nunes
Cirurgia Endovascular CRM/PB 6592 RQE 6022 | RQE 5862 |
Antonio Vasconcelos de Lima Filho
Angiorradiologia CRM/PB 7114 | RQE 4868 | RQE 4869 |
Carlos Alexandre Maranhão
Angiorradiologia CRM/PB 6794 | RQE 3191 | RQE 3297 |