A Personal Trainer Nathália Tozin, fala sobre sua experiência com grávidas:
Primeiramente sou mãe e como Profissional de Educação Física consegui vivenciar a maternidade de forma extremamente ativa e colocar em prática em mim todos os conhecimentos adquiridos e praticados ao longo dos meus 10 anos de experiência na área. Estudei muito e desenvolvi uma certa destreza para trabalhar com este público e me encanto com o grande benefício que os exercícios proporcionam tanto para a mãe como para a criança, no qual é repercutido para toda a vida.
Com relação a atividade física de modo geral, a tendência é que as gestantes diminuam o nível, se movimentando menos devido à falta de tempo e às várias mudanças que ocorrem neste período. Então, são muitas barreiras a serem quebradas e um dos principais motivadores é a saúde do feto, e posteriormente da criança!
Especificamente falando do feto e dentro do processo de gestação, é verificado melhora da viabilidade da placenta, aumento dos níveis de fluído amniótico, melhora na função antioxidante e na vasodilatação que pode proteger contra pré-eclâmpsia. Para a mãe, os benefícios são melhora na função cardiovascular, diminuição dos riscos de diabetes gestacional, melhor controle da pressão arterial, aumento da força, da massa magra, melhora no sono, prevenção de perda óssea e redução do desconforto físico. E pensando no bem-estar da mãe no caso da gestação, existem várias modificações hormonais, no estilo de vida, tensões, ansiedade pelo que vai vir no futuro, aumenta o risco de transtornos de humor e há estimativas de que a prevalência de depressão em gestantes varie entre 7 a 20%. O que é muito alto, e no caso da gestante, as alterações fisiológicas associadas à depressão podem causar problemas gravíssimos no feto e na criança um tempo depois. Por exemplo, no feto é detectado hiperatividade, frequência cardíaca irregular e aumento de morte prematura. No recém-nascido, é percebido altos níveis de cortisol e noradrenalina, redução da dopamina, obesidade, alteração no eletroencefalograma que sugere afetividade negativa, comportamento estressado, depressivo e até criminoso na adolescência. Ou seja, é preocupante, pois são alterações que trazem consequências para toda a vida!
E o que isso tem a ver com exercícios físicos? Muita coisa!
Estudos verificaram que o escore de depressão nas grávidas que se exercitaram caíram pela metade simplesmente tirando elas do sedentarismo e inserindo a prática de exercícios físicos. A restrição de movimento e a não realização de atividade física já é um fator de risco para a depressão, e além disso existem alterações metabólicas como diabetes gestacional e o risco de desenvolver obesidade. Se a mãe não controlar o ganho de peso e a glicemia na gestação e estando com o IMC (Índice de Massa Corporal) alto, a chance dessa criança nascida desse quadro ser obesa no início da puberdade é quase 6 vezes maior, o que é associado a problemas metabólicos como hipertensão e diabetes.
Ficou com alguma dúvida? Venha fazer uma aula experimental comigo.
Matéria por
NATHÁLIA TOZIN
Personal Trainer CREF: 095414-G/SP | Araçatuba